O Ministério Público estadual determinou um prazo de trintas dias para que a SSMAC – Jacobina Mineração e Comércio (Yamana Gold) assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para compensação por danos ambientais ao município. Em audiência pública realizada na noite de quarta-feira (17), na Associação Comercial e Industrial de Jacobina (Acija), cerca de 120 moradores das comunidades de Canavieiras, Itapicuru e Jabuticaba, localizadas nos arredores da atividade de extração de ouro, discutiram com representantes da empresa mineradora e da Embasa sobre os problemas e apresentaram sugestões para minimização das questões. Durante a audiência, o representante das comunidades, Almacks Silva, apresentou propostas para garantir que as comunidades tenham atendimento médico e dentário gratuito; reforço escolar e merenda para os alunos; estabelecimento de uma cota de 5% no quadro de funcionários e trabalhadores terceirizados da empresa mineradora; e que seja assumida a responsabilidade do pagamento junto à Embasa de 80% do valor das contas de consumo de água, no limite de 30 metros cúbicos. Almacks Silva destacou também que o ar, a água e o solo são extremamente afetados pelo trabalho de extração do mineral, chamando atenção para o ponto crítico ligado ao cianeto, substância química que é rejeitada na extração do ouro e despejada pela empresa de mineração nos córregos da região, trazendo como consequências à saúde da população doenças como silicose, diarréia, além de infecções respiratórias.
Sob o olhar atento de uma platéia composta por representantes de dezenas de movimentos sociais e associações de moradores do entorno da mina, o líder comunitário Almacks Luiz discursa, amparado por uma apresentação em slide, com dados científicos que comprovam os danos que a Yamana Gold vem provocando à população de Jacobina. Estiveram presentes à Audiência Pública, representantes do Sindicato dos Mineiros, Movimento de Mulheres de Jacobina, Território do Piemonte da Diamantina, Associação de Moradores da Canavieira, uma das localidades mais atingidas pelos resíduos industriais, Associação Atabaque, Associação de Moradores do bairro do Peru, Associação do Bairro da Bananeira, vereador Carlos Mota (PT), APLB/Sindicato. O trabalho de alto nível apresentado na audiência, comprovou o grau de organização das entidades sociais e a evolução do povo jacobinense, na defesa do seu mais caro bem: A VIDA.
Cerca de 150 pessoas participaram da Audiência Pública convocada pelo Ministério Público para discutir questões ambientais e sociais que afetam três comunidades
Compuseram a mesa da Audiência Pública promovida na ACIJA, à partir da esquerda: Luiz Fregadolli, Gerente da Yamana; Gleriston Macedo, Secretário Municipal de Meio Ambiente, Arnor Fernandes, Gerente Escritório Regional da Embasa, Andrea Scaff, Promotora do Meio Ambiente, Almacks Luiz, líder comunitário, Roberto Jacobina, Presidente da ACIJA.
Publicado por: http://www.jacobinanoticia.com.br/ e http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=53728&mdl=50
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ResponderExcluirEstou realizando um trabalho sobre o impacto social da mineração, gostaria de conversar um pouco com você sobre o assunto.
Em uma parte do trabalho falo do impacto pos atividade - o impacto da escória e as cidades fantasmas - de repente você pode me ajudar em alguma coisa.