O que queremos para nossa agricultura

As transformações do mundo nas últimas décadas fizeram com que o centro de acumulação do capital fosse para a esfera financeira e para as corporações transnacionais. Isso trouxe graves consequências e promoveu um enfrentamento crescente entre dois modelos de produção na agricultura.
O modelo dos capitalistas é uma aliança entre grandes proprietários de terras, empresas transnacionais e sistema financeiro. As empresas fornecem insumos, compram os produtos, controlam o mercado e fixam preços dos produtos agrícolas.
Os grandes proprietários (cerca de apenas 40 mil, que possuem mais de mil hectares) entram com a terra, destruindo a biodiversidade e superexplorando os trabalhadores, para repartir a taxa de lucro da agricultura das empresas.
Esse modelo foi autodenominado de agronegócio. Adota a monocultura, para ampliar a escala de produção, com o uso intensivo de venenos e maquinaria pesada.
Essa matriz tecnológica provoca um desequilíbrio climático e ambiental para obter lucros e fazer negócios a quaisquer custos.
O próprio sindicato das empresas de defensivos agrícolas anunciou exultante que, na safra passada, utilizou 1 bilhão de litros de agrotóxicos (cinco litros por habitante). Somos o maior consumidor mundial de venenos.
Isso degrada o solo, afeta o lençol freático, contamina até as chuvas, além dos alimentos.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Instituto Nacional do Câncer têm alertado que o aumento de câncer está ligado ao crescente uso de agrotóxicos.
Os ricos e a classe média alta compram produtos orgânicos, mais caros. No entanto, o povo está à mercê dos produtos contaminados.
O agronegócio ainda aumenta a concentração da terra e da produção, pela necessidade de ganhar escala no plantio. O Censo de 2006 aponta que a concentração da terra é maior do que na década de 1920.
Estamos fazendo o caminho inverso ao da reforma agrária. Cerca de 80% das nossas melhores terras são usadas para produzir para exportação três produtos: soja, milho e cana. Além disso, o agronegócio é cada vez mais dependente do financiamento público.
Para produzir um valor anual de R$ 120 bilhões, esse modelo retira crédito nos bancos públicos (da poupança recolhida nos depósitos à vista), ao redor de R$ 90 bilhões.
Ou seja, é a população brasileira que financia o agronegócio, ao contrário da propaganda mentirosa que só exalta seus "benefícios".
Os movimentos sociais, junto com ambientalistas, igrejas e cientistas, temos alertado sobre esses problemas. Propomos outro modelo de agricultura, que priorize a produção diversificada, máquinas agrícolas adequadas a pequenas unidades, agroindústrias cooperativadas e técnicas agroecológicas.
Em vez de priorizar o lucro de grandes empresas e fazendeiros, temos que respeitar o equilíbrio do ambiente, produzir alimentos sadios, fortalecer o mercado interno, aproximando produtores e consumidores. Nossa proposta de reforma agrária popular é a adoção desse modelo, e não apenas distribuir lotes para os sem-terra.
O que está em jogo é a organização da agricultura brasileira.
O povo não tem dinheiro para financiar candidatos, mas o agronegócio anunciou a aplicação de R$ 800 milhões para eleger candidatos. Mas temos o voto e poder de mobilização. É preciso, nesse período eleitoral, cobrar dos candidatos posições claras. Os nossos recursos naturais devem ser utilizados em benefício do povo brasileiro.
A sociedade brasileira, cedo ou tarde, deverá decidir se o país continuará produzindo alimentos com venenos, porque dão lucros, ou se dará prioridade a alimentos saudáveis e à preservação ambiental.
[FSP, 28 maio 2010].
João Pedro Stedile - Economista. Integrante da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da Via Campesina Brasil
http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=48144

Um olhar latinoamericano sobre a Educação Física, o Esporte e a Saúde

O livro "Ensaios Alternativos Latinoamericanos de Educação Física, Esporte e Saúde", apesar de trabalhar um tema aparentemente árido como a educação física, emociona e surpreende. Edgar Matiello Júnior, Paulo Capela e Jaime Breilh conseguem articular, nos ensaios escolhidos para compor o trabalho, elementos de profunda beleza, temas instigantes, propostas inovadoras, análises críticas e o desvendamento de uma realidade que permanece escondida, jamais revelada nos milhares de programas de televisão que discutem a temática dos esportes.
No trabalho, a própria capa já anuncia o rico universo da discussão. Um menino faz rodar um pneu velho à sombra de uma América Latina invertida. E é esse o debate do livro que já se revela no primeiro artigo, de autoria dos organizadores. É a grande indústria do esporte a expressão da saúde, conforme propaga a mídia cortesã, ou tudo não passa de um grande negócio no qual os atletas nada mais são do que os novos escravos? Nestes tempos de copa do mundo, em que os programas de esporte falam sem parar dos "convocados" do Dunga, o livro em questão aparece como um ar fresco nesta teia de mentiras, negócios e falcatruas. Para além do espetáculo do futebol existe um mundo inteiro de elementos que revelam esta arte, e as pessoas que a fazem, apenas como um espaço de mercadorias e exploração.
E as mentiras sobre o esporte como saúde, de onde vem? Por que os meios de comunicação seguem reproduzindo esta falsa ilusão, quando eles mesmos mostram figuras importantes do esporte lutando contra a derrocada física, ainda na mais plena idade, como é o caso da ginasta gaúcha Daiane dos Santos ou dos jogadores Ronaldo e Kaká? O livro mostra que quando o esporte passa a ser controlado pelas grandes empresas multinacionais, as regras do sistema capitalista transmutam a sua lógica de algo lúdico, divertido e saudável, para cifras e marcas que alienam, escravizam e destroem os atletas.
As tramas que envolvem o movimento olímpico mundial, a interferência das ONGs na consolidação de um tipo de proposta esportiva competitiva e destruidora, a ideologia que se expressa nas variadas formas de encarar o esporte ou de produzir políticas públicas, as questões de gênero no processo da educação física, a liberdade da capoeira, a relação do esporte com educação, o debate sobre a saúde, tudo isso vai passando sob as vistas, de um jeito claro, simples, com uma linguagem passível de ser entendida por qualquer um, descortinando as mentiras, os mitos e as verdades que conformam este mundo aparentemente tão bonito, mas que esconde mazelas e segredos que os donos do poder não querem revelar. Pois, no livro, ali estão eles, descortinados, permitindo que as pessoas se apropriem destas informações sonegadas e possam refletir criticamente sobre a educação física, o esporte, a saúde e o lazer.
O trabalho de Matiello, Capela e Breilh é o primeiro do projeto Vitral Latinoamericano de Educação Física, Esporte e Saúde, ligado ao Centro de Desportes da UFSC e parte do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA). A proposta é justamente identificar, aproximar e disseminar o pensamento crítico que existe nesta área, tão pouco valorizada no mundo acadêmico. Ao ler o conteúdo destes ensaios alternativos, o leitor percebe que este debate está muito mais visceralmente ligado a sua vida cotidiana do que pode imaginar, e guiado pelas veredas dos temas, de forma tão clara, nunca mais poderá assistir um programa de esportes como antes.  
O corpo humano, apresentado na mídia como uma máquina, capaz de vencer limites e marcas, só o é se visto pelos olhos do sistema, que exige resultados e espera vitórias, como se o atleta fosse um objeto, uma mercadoria. Para os autores, ligados ao Vitral, o corpo humano é um espaço brincante que precisa ser pensado na sua totalidade. E assim, eles avançam para a construção de uma outra cultura que, no dizer de Leopoldo Nogueira e Silva, autor da linda capa do livro, seja humana e de identidade própria, latino-americana, capaz de transformar a realidade, tal qual ensinava o grande Paulo Freire.
Ler os ensaios do Vitral pode, então, se configurar numa prazerosa viagem, cheia de surpreendentes revelações, capazes de levar o leitor a re-elaborar seus conceitos sobre o tema.
O livro será lançado neste dia 25 de maio, às 11h, no Auditório do Centro de Desportes da UFSC. Vale à pena cruzar este portal!

Elaine Tavares
[Contato com os autores: pcapela@bol.com.br].

COMITÊ DO SALITRE CAPACITA SEUS MEMBROS

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Salitre, juntamente com o INGÁ - Instituto de Gestão das Águas e Clima e UFC Engenharia, empresa que venceu a licitação para elaboraração do Plano de Bacia, realizaram nos dias 25 e 26 de maio de 2010 OFICINA de Capacitação de seus membros visando um nivelamente entre os membros da gestão anterior e os novos membros nesta nova gestão para terem condições de fazerem a avaliação e aprovação do Plano de Bacia. A reunião aconteceu no ECLEM - Espaço Cultural Luís Eduardo Magalhães na cidade de Jacobina.
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Brasil: o país do futuro (degradado)!, artigo de Ana Echevenguá

O grande ambientalista Contreras repassou-nos a seguinte notícia: “Brasil é o país que causa maior impacto ao meio ambiente”1, segundo estudos comparativos de degradação ambiental entre 170 países, publicado na revista científica PloS One (www.plosone.org). Na lista dos dez piores, estamos na frente dos EUA, China, Indonésia, Japão, México, Índia, Rússia, Austrália e Peru.
Isso provoca alguma surpresa??? Pras pessoas que conhecem o dia-a-dia do nosso Brasil e a hipocrisia aqui reinante, não.
O Brasil é o país do futuro por quê? Porque qualquer empresa de grande porte, sem qualquer preocupação socioambiental, é recepcionada de braços abertos pelos administradores públicos brasileiros. Acho que foi por isso que Lula foi eleito um dos homens mais influentes, pela revista Time. Basta dizer quanto vai investir e empregos gerados. Tudo vira uma festa! Facilidade no licenciamento, mudança de legislação, dispensa de pagamento de tributos… vale tudo pra ser vizinho da turma do Eike Batista, da Votorantim, …
É a era do ‘entreguismo generalizado’! E podemos até dizer que a situação vai piorar!
Aí, o que resta para a sociedade? Apenas o estrago, o prejuízo, a dor da perda…
Ou acham que mudança de clima, alagamentos, queda de encostas, não está relacionado com a destruição do meio ambiente???
Os que tentam alertar para o problema, correm o risco de levar chumbo grosso. E quem não entende, não quer se incomodar. Fica naquele: “me engana que eu gosto!”
Enquanto isso, os espertos tomam conta do território. Botam dinheiro no bolso vendendo tratamento de lixo e de esgoto que não existe; instalando empresas que geram 100 empregos, mas colocam 2.000 pessoas nos hospitais do SUS, destroem as nossas águas…
Querem um exemplo colhido ontem, debaixo de chuva, num sobrevôo que fizemos? Vejam a foto acima!! Um caminhão que recolhe lixo reciclado, despejando esse lixo reciclado numa empresa licenciada pra tratar de lixo hospitalar. Esta é apenas uma das tantas mentiras que fotografamos.
Felizmente, conseguimos espaço na RBS para divulgação. A equipe de Criciúma é fantástica e só merece aplausos! A mídia pode ser uma grande aliada nessa luta desigual; pode ajudar a contar a verdade que todos querem esconder.
Acorda, Brasil! Como diz o emblema do caminhão flagrado: faça a sua parte!!
Ana Echevenguá, advogada ambientalista, presidente do Instituto Eco&Ação e-mail: ana@ecoeacao.com.br, website:http://www.ecoeacao.com.br.

EM DEFESA DA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL


Os parlamentares da comissão especial que discute alterações no Código Florestal devem votar, no começo do mês de junho, o relatório final de mudanças na legislação. Denunciamos que o relatório deve atender apenas aos interesses dos ruralistas, pela ausência de um debate amplo sobre o tema. Eles pretendem consolidar o desmatamento que já promoveram no Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Caatinga e avançar na destruição da Amazônia.
O Código Florestal é uma barreira ao avanço do agronegócio, porque impõe limites à devastação ambiental na atividade agrícola, com a aplicação da Reserva Legal (RL) e das Áreas de Preservação Permanente (APP). A reserva legal é de 80%, na Amazônia; 35%, no Cerrado e 20% nas outras propriedades.
Os impactos da destruição do meio ambiente são sentidos em toda parte, não apenas nas regiões diretamente destruídas. Exemplo recente é a morte de mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, devidos às fortes chuvas que assolaram o estado no começo de abril. As principais vítimas foram famílias que vivem em morros, pela falta de um programa habitacional que atenda às necessidades do conjunto da população. As consequências dos desequilíbrios ambientais recaem principalmente sobre os mais pobres.
O desequilíbrio climático e os desastres naturais têm raízes na forma de organização da produção na sociedade, sob hegemonia das grandes empresas transnacionais e do capital financeiro. Essas atividades não estão em sintonia com a natureza e debilitam os ecossistemas, para garantir uma maior acumulação do capital.
A flexibilização da legislação ambiental, defendida pela bancada ruralista, é de interesse do agronegócio, das empresas transnacionais da agricultura e do capital financeiro. O Código Florestal Brasileiro foi criado em 1934 como forma de colocar regras na expansão da economia agrícola para as áreas de florestas, que era estimulado pelo governo de Getúlio Vargas. Em 1965, o Código foi reformado pelo governo militar para colocar limites ao desmatamento que seria causado com a implementação de seu programa de colonização da Amazônia.
Em 2001, por meio de Medida Provisória, o governo FHC fez a última grande reforma no Código, permitindo a implantação de grandes obras de interesse do capital. No entanto, permaneceram as exigências em termos de áreas e percentuais em relação a Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal. Aí estão os instrumentos legais que o agronegócio quer eliminar do seu horizonte.
O Código preserva também as áreas ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água; ao redor de lagoas, lagos ou reservatório d’água naturais ou artificiais; no topo de morros, montes, montanhas e serras e em atitude superior a 1800 metros, qualquer que seja a vegetação.
O Código Florestal se manteve vivo até agora por conta da luta dos brasileiros que defendem o meio ambiente e a natureza, que é um bem estratégico do povo. Mesmo assim, embora esteja na lei, nunca foi respeitado pelos governos nem pelo agronegócio. Até agora, o setor ruralista age da seguinte forma: ignora as determinações do Código Florestal para derrubar as florestas; quando são pegos com a motosserra na mão, culpam a rigidez da legislação em vigor e, por fim, mobilizam seus parlamentares para derrubar esses "obstáculos".
A Via Campesina definiu propostas para um profundo programa ambiental para o campo brasileiro. Antes de qualquer medida, defendemos a manutenção do Código Florestal, que deve ser cumprido de forma a implementar uma agricultura camponesa sustentável. Fazemos parte da campanha pelo "Desmatamento Zero" para interromper a devastação florestal imediatamente. Para as áreas de Reforma Agrária, propomos aos governos um programa amplo para reflorestamento com árvores nativas, a construção de agroflorestas e um programa de Educação Ambiental.
Os interesses dos ruralistas para passar seus tratores sobre as florestas e criação CPMI contra a Reforma Agrária são dois lados da mesma moeda. Enquanto trabalham duro na flexibilização da legislação ambiental, para expandir imediatamente o capital sobre o nosso território, mantêm um instrumento político eficiente para fazer a luta ideológica contra os movimentos sociais, paralisar a Reforma Agrária e impedir qualquer resistência ao seu projeto para a agricultura brasileira.
Estamos nos articulando com outros movimentos sociais e ambientalistas para impedir que mais essa manobra contra o meio ambiente seja aprovada pelos setores conservadores. Defendemos a integração entre as florestas e a produção de alimentos saudáveis para a população do país.

Secretaria Nacional do MST

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil

NÓS E NOSSOS IRMÃOS ANIMAIS

Lendo noticia sobre queixas registradas de ataque de cães contra pessoas – seis ao dia – publicada no jornal Diário da Região de SJRP (SP), neste domingo (2/5/10), fiquei preocupado. Esses ataques devem ocorrer em maior número; pois, na maioria dos casos onde as vítimas não apresentam grandes lesões nem é prestada queixa – os principais alvos de ataques costumam ser idosos e crianças; não é raro que ocorram mortes. Está em andamento no senado a aprovação de lei cuja finalidade é responsabilizar os donos dos animais em casos de ataques e extinguir algumas raças mais agressivas, através da esterilização.
Estarão os animais tornando-se mais agressivos? Aumentou o número de pessoas que adotaram os chamados cães de guarda, em virtude do aumento da violência e dos roubos?
Somos especialistas em deturpar conceitos usando quem não pode se defender para projetar nossos distúrbios psicológicos e nossas malformações sociais e de berço. No caso, usamos expressões que não traduzem a verdade com relação aos cães; expressões do tipo: “soltar os cachorros em cima de fulano”(no caso, dizer um monte a essa pessoa – agredi-la) – “Cães de guerra” (para nos referirmos a pessoas agressivas e sem sentimentos), – “Cachorrada” (para exprimir traição), etc.
Minha real preocupação com esta fase em que vivemos, é que o comportamento dos cães espelha o comportamento humano.
Nossas espécies se afetam tão mutuamente no processo evolutivo, que usamos expressões dúbias para exprimir nossa interação: “melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro”.
O animal, no caso o cão, reflete o subconsciente das pessoas com quem convive e até da comunidade a que pertence. De maneira parecida como acontece na própria espécie humana com as crianças nos primeiros anos de vida – nessa fase o subconsciente tem predomínio; ele funciona como um scanner absorvendo as influências do meio ambiente; e até alterando a parte energética do DNA com repercussão no físico – Exemplo, filhos adotivos depois de alguns anos adotam as feições dos novos pais. Vale a mesma coisa para animais; quando colocamos sob nossa guarda um cão, ele adota alguém da família como modelo e o copia de forma subconsciente – volta e meia nos espantamos na rua ao nos depararmos com animais parecidos ao extremo com o dono; do jeitão á forma de andar – e se não nos vigiarmos, vamos dizer: – Nossa, cara de um focinho do outro!
Na relação com os animais temos mais a aprender ou a ensinar?
Depende. Quem tem um cão em casa, pode simplesmente treiná-lo bem ou mal; ou até “ensinar-lhe” alguma coisa enriquecendo a bagagem subconsciente do animal; mas, acima de tudo pode aprender muito ao utilizá-lo como espelho no processo de descobrir-se a si mesmo; e a entender como funciona sua vida pessoal e familiar.
Há animais mal cuidados (estilo cão sarnento da periferia) e animais bem cuidados; há os até cuidados de forma perdulária como o “cachorro de madame” – Mostre-me seu cão que eu te direi quem és! – podemos incorporar esse mote ao nosso dia a dia – para aprender um pouco sobre quem é aquela pessoa: como pensa, sente, vive, se comporta e quais são seus valores; daí, analise tanto o aspecto quanto o comportamento do seu cão.
Psicólogos logo vão começar a pedir um relatório do veterinário ou para os clientes levarem seu cão ás consultas; pois eles podem dar dicas muito importantes a respeito dos donos – nossos amigos tem mil e uma utilidades.
Ser vivente é um processo contínuo de incorporação de conhecimentos e habilidades e, principalmente de reciclagem da personalidade, e do padrão de atitudes; nessa tarefa o animal pode ser muito útil se usado com consciência.
O assunto é muito vasto e fascinante; mas, vamos nos ater apenas a algumas observações para despertar no leitor a curiosidade pelo assunto – e claro; o respeito pela vida e pelo animal.
Frases como estas deixam expostos seus autores:
Não gosto de animal! Cabe aí uma reflexão urgente a respeito da afetividade, do senso de doação e de responsabilidade.
Dei meu cão, ele dava muito trabalho!
Forte dica de oportunismo; nenhum ser vivo é descartável. Sinaliza pobreza de engajamento afetivo. Se estiver prestes a se relacionar com essa pessoa; prepare-se para ficar na mão se precisar de um tipo de ajuda concreta.
Antes que alguém se deprima lendo o bate papo:
Claro que cada raça apresenta comportamentos e características inerentes a ela mesma e diferentes das outras; mas, acima de tudo; assim como cada um de nós, cada animal é um universo particular; com sua própria personalidade, seu jeito de ser, aprender e se comportar; assim como nossos filhos são diferentes; mesmo sendo educados da mesma forma; nenhum dos cães de uma mesma ninhada é igual aos outros.
De modo geral, o que torna um animal agressivo é a agressividade latente ou externada do dono.
Nossos animais também refletem nossos filhos; cães criados ao léu, sem muita atenção e carinho passam a apresentar distúrbios de comportamento – a sorte deles, é que não tem acesso a bebida (tem cachorro chegado numa cervejinha), cigarro, drogas; apenas passam a comer coisas estranhas ou a engordar por ansiedade.
Noutra situação: Numa mesma casa, animais que não conseguem conviver; pois sempre haverá um dominante; refletem uma família problemática; onde as pessoas vivem em pé de guerra declarada ou camuflada.
Mas também, há casas onde gatos, cães, pássaros convivem em harmonia; pode confiar nos seus habitantes, são pessoas do bem; ecologicamente saudáveis; quase xamãs.
Se seu cão é daqueles sorrateiros que mordem o tornozelo das pessoas ou a perna por trás; chegam assim como quem não quer nada e nhac – vigie sua tendência para ser traíra; evite fazer negócios e tratos até com você mesmo. Se o cachorro de seu colega de trabalho faz isso com você; cuidado.
Claro que é preciso analisar quem foi o modelo que o animal adotou – mas, mesmo cães antes abandonados e maltratados quando recebem amor, respeito, carinho e cuidados decentes; são passíveis de recuperação assombrosa; assim como nós os quase humanos.
É tão visível a influência da personalidade humana nos bichos a ponto de hoje haver cães: que sofrem de carência afetiva doentia; gravidez psicológica; depressão; angústia; pânico; peripake; transtorno bipolar; esquizofrenia; e até personalidade psicopata como a desses que agridem as pessoas.
Seu subconsciente é mais puro; ainda não foi contaminado por intereses. Daí, eles são capazes de ler pensamentos e de sentir as emoções e sentimentos com mais rapidez e intensidade – é fácil comprovar essa habilidade deles – Exemplo, preste atenção como o animal sabe se estás triste ou alegre e até doente sem que manifestes – ele apenas sabe.
Sua linguagem é mais avançada que a nossa; e sem que a maioria das pessoas perceba; eles conversam entre si. Se aprendermos a linguagem deles conversam conosco.
São dotados de sentidos mais apurados do que os nossos: visão; faro; olfato; sua capacidade de audição é superior á nossa. Teu amigão conhece o ruído do motor do teu carro a quarteirões de distância.
A maioria enxerga e ouve coisas que não vês, como: desencarnados, ETs e elementais. Podem e são úteis em desobsessão; muitos desencarnados tipo “encosto” não sabem que desencarnaram e têm medo deles; aí eles evitam tua casa – por outro lado; se com freqüência os cães te estranham, vai buscar ajuda; pois algum cara do lado de lá pode estar tirando uma da tua cara e provocando os bichos; depois se esconde atrás de você e adivinha quem vai ser atacado?
São curadores por natureza:
Se teu gato começa a se enrolar demais nas tuas pernas; se teu cão não pára de te lamber; melhor fazer uma checagem médica; pois, provavelmente aí vem doença.
Experimenta não levar teu cão para passear depois da primeira vez.
As doenças dos bichos podem despertar algumas famílias mais ligadas para a correção tanto da dieta do bicho quanto para a da própria.
Sua tendência ao desprendimento é notável: Eles costumam executar uma drenagem de miasmas e energias deletérias; daí que adoecem muitas vezes para livrar a cara dos donos de: câncer; problemas respiratórios; calculo renal; dermatites; hipertensão; insuficiência cardíaca, etc.
Também, como vivem menos do que nós; eles nos avisam através das suas doenças; a respeito das que provavelmente os donos apresentarão; em breve futuro ou mais á frente. Ou até, para se prepararem como cuidadores de familiares e pessoas que sofrerão de doenças parecidas.
Preste atenção nas doenças que seus cães apresentam; do que morrem; e fiquem atentos, pois pode ser um sinal.
Se teu cão amigo está apático, triste, não faz festa quando te vê; pode estar sinalizando que não estás dando atenção a ele como em outros tempos – e, provavelmente também estejas fazendo o mesmo com as pessoas que esperam um pouco da tua atenção; quem sabe de carinho, e até de amor – como costuma ocorrer com as crianças que adoecem seguidamente; quase sempre estão sendo mal nutridas de afeto, atenção e amor.
Há muito a comentar e a desvendar em nossa relação com os animais.
Mas, voltando ao assunto inicial.
Esse aumento do número das ocorrências e da gravidade delas; sinaliza que há necessidade; não apenas penalizar os donos de cachorros que atacam e ferem – Mas de uma profunda reflexão a respeito do nosso comportamento social, psicológico e afetivo; sem que aumente de forma drástica as agressões entre nós.
Nossos colegas de progresso cósmico que compartilham conosco a vida em Gaia; estão nos avisando; e, quem avisa: amigo é.
Quem não gosta de animais não sabe o que está perdendo.
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 07/05/2010

SP não avança em ranking de saneamento, diz estudo

Repórter Diário - 06/05/2010

A região metropolitana de São Paulo coleta 97% de seu esgoto, mas, sem
redes coletoras suficientes, despeja nos Rios Tietê, Pinheiros,
Tamanduateí e afluentes 18 milhões de litros por hora de sujeira -
volume suficiente para encher 17 piscinas olímpicas. Esse descompasso
faz com que a cidade de São Paulo não consiga avançar no ranking
nacional de saneamento.

Estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa investimentos feitos no
setor em 2009, aponta a 22.ª colocação para a capital entre 81 cidades
brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Em 2007, São Paulo ocupava
o 21.º lugar; em 2008, foi para 22.º. A lista tem como base dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério
das Cidades.

E o que impede a cidade de avançar? Desde 1992, o governo estadual
gastou mais de US$ 3 bilhões na despoluição do Rio Tietê, mas isso não
bastou para eliminar seu aspecto de esgoto a céu aberto. Apesar dos
investimentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) na
ampliação da rede coletora - R$ 1,2 bilhão entre 2008 e 2009 -, a
falta de tratamento também continua sendo a "pedra no sapato" da
cidade. E a meta é resolver o problema só em 2018.

Defesa

Em nota, a Sabesp informa que é a única companhia estadual que possui
cidades operadas entre as cinco primeiras colocadas do ranking do
estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa os investimentos no
setor de saneamento no País: Franca (2.ª) e Santos (5.ª). De 2008 a
2009, a Sabesp afirma ter realizado mais de 64 mil novas ligações de
esgoto na capital. O incremento, alega a empresa, teve impacto direto
no volume de esgoto tratado. Em 2009, passou a limpar 496 bilhões de
litros, o equivalente ao atendimento a 9,5 milhões de habitantes, 25
bilhões a mais do que no ano anterior.

"Em regiões de grande crescimento demográfico, a universalização dos
serviços de saneamento é tarefa das mais complexas. Desde que teve
início o Projeto Tietê, em 1992, o índice de coleta na Região
Metropolitana saltou de 66% para 85% e o de tratamento, de 24% para
72%. Neste período, a população da Grande São Paulo pulou de 15
milhões para quase 20 milhões", diz a nota.

Na cidade de São Paulo, em 1992, aponta a Sabesp, 77% do esgoto era
coletado e menos de 30%, tratado. A população do município era em
torno de 9,5 milhões. Atualmente, mesmo com o incremento de mais 1,5
milhão de habitantes, a coleta está universalizada (excluindo favelas
e áreas irregulares) e 75% do esgoto coletado é tratado. (AE)

C L O R O !

Aos interessados na ciência, na verdade e no bom senso...

É verdade...o cloro já "salvou" muita gente....mas já matou muitas coisas, inclusive gente alguém aí deve saber o que é organoclorado...não? Substâncias orgânicas em contato com cloro formam os tais entre estes estão as conhecidas DIOXINAS...entre as mais famosas dioxinas estão o DDT, DDD e o agente laranja e há também as menos famosas mas são as mais fatais...2-4-DET,por exemplo, cuja quantidade de 1 parte/bilhão já é mutagênico e fatal...1 gr é suficiente para levar a óbito 1 milhão de pessoas mas, o que interessa-nos, a maneira mais fácil de originá-la é a partir da degradação do plástico mais comum usado em encanamentos..PVC então, cano de água na parede recebendo sol, passando água "tratada" com cloro "no capricho"....vai bem, né?

tá bom!

E se o cano , além disso tiver mais de 50 anos de uso, começa a degradar...aí é que o trem esculacha, né? aaaaahhhhhhhhhh....os serviços de tratamento de água no Brasil fazem testes de organoclorados desde quando mesmo? Me informem pois acho que estou desatualizadíssimo, por favor e desde quando mesmo que os serviços de água públicos fornecem filtros de carvão para o povo? Desde quando que o governo, universidades e professores fazem campanhas educacionais esclarecendo os riscos e perigos de beber a água "tratada", pela qual pagamos?

Será que o tratamento por ionização não seria mais barato, inócuo e mais simples? Sinceramente, sem cutucar ninguém, respeitando os brios e sensibilidades, pelo amor de Deus e de nós mesmos precisamos mesmo refletir sobre o uso indiscriminado e SEM EIA/RIMA desta "santa" substãncia em larga escala devo acrescentar, por ética e respeito, que meu pai, Augusto Ruschi, em 1947, foi o cientista que descobriu o efeito sistêmico dos organoclorados na natureza e que os gringos só confirmaram quase 20 anos depois.

Portanto, hora de cobrar de uma vez EIA/RIMA do uso do cloro a bem da verdade, da ética, do respeito, das leis, do bom senso, da natureza, das gerações futuras e da ciência e se quiserem me xingar..tô nem aí.

Quero é saber da verdade

André Ruschi

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