Rio Doce
A utilização de água captada na calha do Rio Doce por parte de alguns municípios ribeirinhos com a finalidade de tornar a mesma potável tem provocado polemicas e, inclusive, manifestações de autoridades sobre a qualidade das águas provenientes da calha do Rio Doce e sua viabilidade para ser submetida a tratamentos convencionais.
Assistimos a varias autoridades bebendo copos de água tratada com essa origem, diante das câmaras de televisão, encorajando a população a fazer o mesmo e virar a primeira página da crise deflagrada após o sinistro ocorrido na mina Samarco em Mariana.
Uma verdadeira batalha de laudos laboratoriais de diferentes instituições polemiza sobre a existência ou ausência de determinada substância na água tratada e distribuída nos municípios que optaram por captar e distribuir água proveniente da calha do Rio Doce, diante da dificuldade de explorar imediatamente outros mananciais.
Estas atitudes não contribuem ao esclarecimento da população afetada e só tendem a minimizar os impactos da contaminação espalhada ao longo do rio, atitude perigosa diante da gravidade da situação ambiental.
O copo d'água fora dos padrões de potabilidade da Ministério da Saúde que um adulto bem alimentado e sadio beber eventualmente, não trará danos para sua pessoa.
O risco de danos á saúde pelo consumo continuo da mesma água por parte de idosos, portadores de doenças crônicas, mulheres grávidas ou crianças de curta idade não está, de modo algum, assegurado pela atitude das autoridades corajosas que bebem eventualmente águas que apresentam sérios riscos de contaminação perante uma extensa lista de contaminantes.
Os riscos oferecidos pelas águas captadas na calha do Rio Doce estão associados a uma única, obvia e irrefutável causa: ESSAS ÁGUAS ESTIVERAM, ESTÃO E ESTARÃO DURANTE UM LONGO PERÍODO EM CONTATO DIRETO COM REJEITOS DE MINERAÇÃO QUE CARREGAM CONTAMINANTES EM DOSES INTOLERÁVEIS á saúde humana e, a julgar pela ausência de vida no rio, também intoleráveis para qualquer forma de vida aquática.
Trata-se de águas que se enquadram na tipificação de Nações Unidas como águas não-seguras e, consequentemente, não recomendadas para sua potabilização e distribuição à população.
Águas não-seguras podem, eventualmente, ser distribuídas à população com certos cuidados. Muitas vezes os riscos provocados pela falta de abastecimento de água superam os riscos da manipulação de água não-segura ou de condições de potabilidade duvidosas.
Nestes casos, águas frequentemente salobras são distribuídas para ser usadas em serviços sanitários essenciais até que o abastecimento de água segura seja retomado.
Não é o caso de Governador Valadares e Colatina que estão sendo abastecidos com águas da calha do Rio Doce baixo alegação de que se dispõe de laudos laboratoriais que não detectaram metais pesados em solução.
Trata-se de argumento fraco e desatualizado, não é um laudo de laboratório que determina às condições ambientais de um corpo d´água.
Ocorre que, mesmo que todos os metais pesados se encontrem em valores inferiores aos admissíveis, a soma de todos eles é incompatível com a presença de bioindicadores ambientais aceitáveis.
Um ambiente de águas correntes contaminado com cromo e cadmio, usualmente proveniente de galvanoplastia, é totalmente diferente da solução saturada em ferro com outros metais pesados menos solúveis em suspensão que, eventualmente, serão solubilizados quando ocorra a precipitação de ferro por redução.
Nestes casos, é importante observar que A VIDA DO RIO DOCE SIMPLESMENTE SUMIU. Não há pássaros, peixes, insetos, nada.
QUAL INDICADOR ALTERNATIVO PRECISAMOS PARA AFIRMAR QUE ESSA ÁGUA NÃO É SEGURA PARA QUE A POPULAÇÃO A BEBA?.
Considero desnecessário submeter uma amostra a centrifugado, diluição, mudança do pH, etc., etc. para descobrir qual metal toxico, da dezena que se encontram em suspensão, conseguiu atingir a solução!
A simples visualização da amostra e seu entorno são suficientes para ter precaução e não submeter ninguém a beber essa sopa perigosa que se tornou o Rio Doce.
Da perspectiva da legislação ambiental, após o acidente, grande parte do Rio Doce mudou seu enquadramento como corpo de água segundo a classificação CONAMA.
Vistas as restrições evidentes á vida aquática imperantes no Rio Doce após o sinistro, seu enquadramento passaria da classe 2 de águas doces para a Classe 4.
Nesse enquadramento, o abastecimento humano é diretamente inaceitável.
Sendo recomendada só a navegação e a harmonia paisagística, também restrita pela cor anormal das águas e o excesso de precipitados deixados nas margens (CONAMA 357/2015).
Assim, se eventualmente se decidir pela exploração da calha do Rio Doce como manancial, essas águas só podem ser usadas para usos extremamente restritos, com cuidados redobrados e durante curtos períodos, suficientes para adequar as instalações para a exploração de mananciais alternativos mais seguros.
A pergunta seria, nas condições atuais de estiagem na Bacia do Rio Doce, existiriam esse mananciais?
Tenho certeza que existem mananciais seguros num radio de 5 – 30 km de cada cidade, mesmo na estiagem atual. Não exite razão para submeter essas populações a tamanho risco.
Pedro Antonio Molinas
Acquatool Consultoria
Fortaleza - Ceará - Brasil
www.acquatool.com.br
molinas@secrel.com.br
molinas.pedro@gmail.com
fone fax 55 85 32649700
Acquatool Consultoria
Fortaleza - Ceará - Brasil
www.acquatool.com.br
molinas@secrel.com.br
molinas.pedro@gmail.com
fone fax 55 85 32649700
"Saudade - Palavra única....."
ResponderExcluirPara descrever "Saudade" não há uma regra, norma ou padrão. Pode ser a "Saudade" de alguém, algum familiar ou amigo. Pode ser algo que existia e não existe mais ou foi modificado em sua cidade. Enfim, Saudade, é "Saudade" e cada um tem a sua!
Exemplos de saudades já recebidas e que irão para o livro:
Eu tenho saudades dos...
"Domingos na cidade de Pingo D'água, de manhã ajudávamos a podar o campo com trator e roçadeira, aquele cheiro da grama cortada ainda ficou até hoje, e é só passar perto de alguém podando um jardim e a lembrança vem na hora, e a tarde era hora de dar espetáculo com a camisa do Juping no campo que cuidamos com muito carinho."
Adilson Begatti- Cronista Esportivo e Metalúrgico
Coronel Fabriciano-MG
Eu tenho saudades do...
"Do tempo em que a praça da cidade tinha espaço para as crianças ...lago com peixinhos. Os "coquinhos" caiam pelo chão e as crianças se divertiam tentando abrí-los para comer. O espaço de areia era disputado e ninguém se importava em sujar os pés...não se ouvia os gritos das mães desesperadas e irritadas pelos filhos que insistiam em gastar dinheiro no "pula-pula". A diversão era interminável e gratuita."
Ana Karina Veiga - Jornalista - Professora e Estudante de Direito
Santos Dumont-MG
Eu tenho saudades do...
"Bonde em Campinas (SP), um veículo totalmente aberto, um convite pra gente sentir a brisa no rosto. E os cobradores, então! Dobravam o dinheiro de forma vertical e o colocada entre os dedos. Era o maior barato. Pena que em minha cidade eles pararam de circular em 1969, deixando muita saudade!"
Ariovaldo Izac - Cronista Esportivo
Campinas - SP
Eu tenho saudade dos...
"Bailes de carnaval nos clubes da cidade, na década de 1980, onde a diversão era muito mais sadia.Também tenho muita saudade quando eu apresentava bailes nos clubes de Juiz de Fora e cidades vizinhas. Saudade da eterna rádio Mundial 860, onde sempre buscava os novos hits para tocar no meu programa radiofônico. Bons tempos..."
Carlos Augusto de Oliveira (Guto) - Radialista
Juiz de Fora-MG
Eu tenho saudade da...
"Velha 'maria fumaça', aquele trem de ferro que soltava fumaça e à noite enfeitava o céu com fagulhas, coisa muito linda. O apito da velha "12" também me dá uma grande saudade. Eu morava em Uruçuca, na Bahia e viajava para Itabuna naquele trem, que "morrendo" nas ladeiras, mas subindo cansado, ele chegava lá. Muito lindo!".
Odoaldo Vasconcelos Passos - Economista
(Belém-PA)
Eu tenho saudade de...
"Em Pirapora, minha terra natal, dos meios de transportes: o trem de Pirapora para Corinto, Montes Claros e Belo Horizonte bem como os vapores de Pirapora até Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco".
Paulo Roberto Caldeira Brant - Comentarista Esportivo
Poços de Caldas - MG
Eu tenho saudade das...
"Partidas de futebol que o Santos Futebol Clube, do bairro Floresta, realizava no campo da Fábrica de Tecidos São João Evangelista e que a família Carbogim era base do time, com Zé Alemão, Gabriel e Rafael, além de meu sobrinho Flávio, como mascote"
Miguel Carbogim - in memoriam
Att,
Carlos Alberto Fernandes Ferreira
www.carlosferreirajf.blogspot.com
Juiz de Fora-MG
VEM AÍ...
O Portal MULTIMÍDIA...