Sobradinho - Foto Almacks Luiz
A cobrança pelo uso da
água na Bacia do São Francisco foi implantada a partir do ano de 2010. A Bacia
abrange uma área de 639.219 Km2 de área de drenagem (7,5% do país) e
vazão média de 2.850 m3/s (2% do total do país). O rio São Francisco
tem 2.700 km de extensão e passa por sete unidades da federação, tendo 504
municípios (cerca de 9% do total de municípios do país).
Unidades
da federação
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Percentual
|
Km2
inseridos na bacia
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Bahia
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48,2%
|
308.103
|
Minas
Gerais
|
36,8%
|
235.232
|
Pernambuco
|
10,9%
|
63.921
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Alagoas
|
2,2%
|
14.062
|
Sergipe
|
1,2%
|
7.670
|
Goiás
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0,5%
|
3.196
|
Distrito
Federal
|
0,2%
|
1.279
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A grande dimensão territorial
da Bacia do rio São Francisco motivou a sua divisão em quatro regiões
fisiográficas:
Regiões
fisiográficas
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Km2
|
De/A
|
Municípios
que compõem a região
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Alto
São Francisco
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111.804
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Das
nascentes até Pirapora em MG
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www.cbhsaofrancisco.org.br/ccrs/municipios-do-alto-sf
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Médio
São Francisco
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339.763
|
De
Pirapora até Remanso onde formou o lago de Sobradinho.
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www.cbhsaofrancisco.org.br/ccrs/municipios-do-medio-sf
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Submédio
São Francisco
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155.637
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De
sobradinho até a divisa natural entre os estados da Bahia e de Pernambuco,
até alcançar o limite com Alagoas.
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www.cbhsaofrancisco.org.br/ccrs/municipios-do-submedio-sf
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Baixo
São Francisco
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32.013
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Da
divisa natural entre os estados de Alagoas e Sergipe até a sua foz no oceano
Atlântico.
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www.cbhsaofrancisco.org.br/ccrs/municipios-do-baixo-sf
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Com todos estes dados,
o leitor já pode observar que a região oeste da Bahia, principalmente as
cidades de Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães e São Desiderio, maiores
produtores de grãos do Brasil, estão localizadas no médio São Francisco, que é a
maior região fisiográfica do mesmo e praticamente estes usuários não pagam pelo
uso das águas por captarem em rios de domínio do estado da Bahia e pela
fragilidade do cadastro usado pela ANA – Agência Nacional das Águas, alimentado
pelo INEMA – Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, que até agora
não decidiu pela cobrança pelo uso da água no estado da Bahia.
Os mineiros dizem que as
águas do São Francisco são deles, e com os dados atualizados da cobrança pelo
uso das águas na Bacia em 2013, R$ 22.169.821,09 digo que a cobrança é do
submédio São Francisco.
Região
fisiográfica
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Percentagem
|
Valor
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Alto
|
7,61%
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R$ 1.687.636,03
|
Médio
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12,22%
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R$ 2.709.958,30
|
Submédio
|
70,06%
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R$ 15.528.979,16
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Baixo
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10,11%
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R$ 2.243.247,10
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Fonte: dados fornecidos
pela AGB Peixe Vivo.
A questão é que o INEMA não aderiu ao cadastro. Apresenta cadastro com base em dados secundários advindos da antiga SRH, não atualizados e taxativamente furados. No entanto, o problema maior se relaciona com o completo saqueamento e contaminação do Aquífero Urucuia, que serve de escoamento de base para o rio São Francisco, sendo a reserva estratégica para os períodos de poucas chuva no Alto São Francisco. Agora com o pool de ETEs no Salitre queremos ver se não se inicia a cobrança. A Bahia está falhando no sistema de gestão preconizado pela 9.433/97 em todos os itens pois não implementa os instrumentos de gestão a partir dos Planos de Bacias.
ResponderExcluirLuiz Dourado