A FAIXA DE AREIA ESTÁ SUMINDO


Cadê o espaço para o banho de sol, para a caminhada no fim de tarde ou aquele futebolzinho na areia? Em pelo menos 15 praias de Santa Catarina, o mar está avançando e diminuindo, ano a ano, a faixa de areia.
Seis delas ficam em Florianópolis Canasvieiras, Armação, Naufragados, Pântano do Sul, Barra da Lagoa e Ingleses. No Litoral Norte, são os moradores de Barra Velha, Navegantes, Bombinhas e Balneário Piçarras que enfrentam o problema. No Sul, a areia está sumindo das praias de Imbituba, Ibiraquera, Rincão, Araranguá e Arroio do Silva.
A paisagem da Barrinha, uma das praias de Barra Velha mais afetadas pelo fenômeno natural, muda drasticamente a cada temporada. A joinvilense Vera Lúcia Braghin mora no local há cinco anos e acompanhou a mudança. Ela lembra que um sobrado à beira-mar chegou a ser destruído pela água.
“O mar avançou muito de uns tempos para cá. A estrada comprova isso. Antes, ela era perfeitamente transitável. Agora, está irregular”, diz.
Há cerca de oito anos, a praia Central de Barra Velha apresentava o mesmo problema, por isso, a faixa de areia foi engordada. Uma draga retirou a areia da lagoa de Barra Velha e a repôs no Centro, onde boa parte dos turistas passava a temporada.
A Fundação do Meio Ambiente de BarraVelha (Fundema) enumera as causas do problema: a migração natural da areia e os imóveis em áreas de preservação.
“A migração natural acontece em todas as praias. A areia é transportada sempre no sentido Norte/Sul e chega a se mover cem metros por ano. Temos um projeto antigo de retificação das praias, mas existe uma proposta de revê-lo”, explica o diretor administrativo da Fundema, Rodrigo Mazzoleni.
Para as construções irregulares só existe um remédio: conscientização ambiental. De acordo com Mazzoleni, a ocupação de dunas começou há décadas, quando a fiscalização ainda não existia. “Hoje é proibido. Naquela região, 90% das casas são construídas em dunas”, explica.
Mesmo sabendo que os imóveis estão em área irregular, a Prefeitura fez barreiras entre a praia e a rua. “As pessoas já estão ali, então, precisamos de cuidado”, justifica Mazzoleni.(Fonte: A Notícia / SC)

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