1) Aquecimento global: elevação da temperatura média da Terra. Antes da era industrial a temperatura média era de 14,5ºC e hoje é de aproximadamente 15,0ºC.
2) Mudança climática: toda alteração na temperatura da Terra, seja para menos, seja para mais. A Terra já conheceu períodos mais quentes e eras glaciais. A diferença que muitos cientistas fazem entre um e outro é que o aquecimento é considerado produto da ação humana, enquanto as mudanças climáticas são processos naturais.
3) Efeito estufa: fenômeno natural de retenção de calor do sol produzido por gases que fazem parte da atmosfera da Terra. É o efeito estufa que gera a temperatura média atual da Terra e permite a existência da vida nesse planeta. Mas, essa temperatura média depende do equilíbrio entre os gases que compõem sua atmosfera.
4) Gases de efeito estufa: Os gases do efeito estufa (GEE) ou gases estufa são substâncias gasosas que absorvem parte da radiação infra-vermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, e dificultam seu escape para o espaço.São eles basicamente: dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), Perfluorcarbonetos (PFC’s ) e também o vapor de água.
5) Causa do aquecimento global: injeção desses gases na atmosfera a mais do que já existe. Normalmente essas emissões derivam da queima e derrubada de florestas, queima de combustíveis fósseis, animais, agricultura, etc. Para se ter uma idéia, a atmosfera de Vênus, formada por CO2 em 95%, faz com que a temperatura daquele planeta seja próxima de 484ºC. A presença de CO2 na atmosfera da Terra, não passa de 0,03%.
6) PPM: parte por milhão. Por exemplo, a concentração de CO2 na atmosfera da Terra está em 391 PPM. Isso significa que, de cada milhão de partículas de outros gases, 391 são de CO2.
7) Conseqüências do aquecimento global: a elevação da temperatura média da Terra provoca efeitos como: derretimento dos glaciais, elevação dos oceanos, aumento de água na atmosfera, com conseqüente aumento na pluviosidade. Com isso aumentam os “efeitos extremos” como furacões, nevascas, tempestades que acabam causando enchentes, desmoronamentos, deslizamentos, inundações, prejuízos econômicos, doenças e mortes. Outro efeito extremo pode ser as secas e estiagens prolongadas.
8) IPCC: Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, estabelecido em 1988 pela Organização Meterológica Mundial e PNUMA, encarregado de estudar as mudanças climáticas em curso.
9) REDD: redução de emissões por desmatamento e degradação. É um mecanismo que prevê atacar as causas do aquecimento global reduzindo os desmatamentos e a degradação ambiental em geral.
10) Crédito carbono: mecanismo econômico que possibilita um poluidor comprar em outro lugar, inclusive em outro país, estoques de carbono para compensar a emissão que ele faz em seu lugar de origem.
11) Mitigação e adaptação: mecanismos que prevêem atacar a causa do aquecimento global e propor adaptações a situações que já não tem mais retorno. Um exemplo de mitigação é a tentativa de diminuir o desmatamento, como na Amazônia. Um exemplo de adaptação é começar a remover as populações que moram em área de risco.
12) COP: Conferência das Partes. São cúpulas mundiais que reúnem países para estabelecer mecanismos de controle do aquecimento global. Já aconteceram 16 COP. Até agora têm fracassado.
13) Para muitos cientistas, como James Lovelock, ou países como a Bolívia, ou para movimentos como a Via Campesina, esses mecanismos pouco adiantam. Teríamos que mudar efetivamente o padrão civilizatório, principalmente a matriz energética do planeta.
O fato concreto é que o aumento dos gases de efeito estufa continua aumentando. Se continuarmos com esse nível de emissão em 2050 atingiremos 500 PPM e em 2090 atingiremos 760 PPM. Dessa forma, a temperatura média da Terra poderá elevar-se até 7ºC a mais. Portanto, um inferno.
Roberto Malvezzi (Gogó), articulista do EcoDebate, é Assessor da Comissão Pastoral da Terra-CP
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