Enquanto isso no canal trabalhador, agricultor familiar faz malabarismo para pegar água no canal e seguranças fazem agressões constantemente (foto Almacks Luiz)
O Governo do Ceará concedeu um desconto de 50% durante 20 anos na tarifa de abastecimento de água bruta para duas termelétricas que irão funcionar em território cearense, a partir de 2012. As usinas pertencem à empresa MPX, do empresário Eike Batista – homem mais rico do Brasil e oitavo do mundo.
Os empreendimentos estão sendo instalados no complexo portuário e industrial do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza. Juntas, as usinas termelétricas terão capacidade de geração de 1080MW. Em 2012, as duas já devem funcionar comercialmente.
A mensagem governamental aprovada nesta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Ceará, com apenas dois votos contra, permite à Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) conceder às empresas energéticas um abatimento de 50% no fornecimento de 7,2 milhões de metros cúbicos de água bruta – ou seja, sem tratamento. Em 2010, todo Ceará consumiu pouco mais de 200 milhões de metros cúbicos de água.
Polêmica
O subsídio aprovado pelos deputados estaduais gerou polêmica no legislativo estadual. O desconto na conta de água de Eike fará o Ceará deixar de arrecadar com fornecimento de água pelo menos R$4,8 milhões por ano. A oposição questionou o fato de um estado que sofre com escassez de recursos hidrícos abrir mão de cobrar pelo recurso, enquanto governistas exaltaram a geração de emprego e desenvolvimento.
“O Ceará ainda promove abastecimento de água por carro pipa, por que reduzir tarifas para o oitavo homem mais rico do mundo”, questionou o deputado Heitor Férrer (PDT). No ano passado, dos 184 municípios, cerca de 80 precisaram ser atendidos pela Operação Pipa, realizada pelo Exército Brasileiro. “Aqui está concentrado 10% de toda a pobreza nacional, muitos sem acesso à água potável”.
O líder do governo Cid Gomes, deputado Antônio Carlos (PT), vê o incentivo a instalação das usinas por outro prisma. Segundo ele, os empreendimentos irão investir R$ 3,7 bilhões no Ceará e gerar mais de quatro mil empregos durante construção e operação. O petista informou ainda ao iG que a partir de janeiro de 2012, independente de haver consumo de água, as empresas pagarão R$400 mil por mês pelo serviço.
A usina Energia Pecém I será composta por duas caldeiras ou geradores de vapor, além de duas unidades turbo-geradoras capazes de produzir 720 MW de energia elétrica. O empreendimento está com 91% do projeto e 65% da obra concluídos. Já a MPX Pecém II terá capacidade de geração de 360MW, e só deve funcionar a partir de 2012.
Os empreendimentos estão sendo instalados no complexo portuário e industrial do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza. Juntas, as usinas termelétricas terão capacidade de geração de 1080MW. Em 2012, as duas já devem funcionar comercialmente.
A mensagem governamental aprovada nesta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Ceará, com apenas dois votos contra, permite à Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) conceder às empresas energéticas um abatimento de 50% no fornecimento de 7,2 milhões de metros cúbicos de água bruta – ou seja, sem tratamento. Em 2010, todo Ceará consumiu pouco mais de 200 milhões de metros cúbicos de água.
Polêmica
O subsídio aprovado pelos deputados estaduais gerou polêmica no legislativo estadual. O desconto na conta de água de Eike fará o Ceará deixar de arrecadar com fornecimento de água pelo menos R$4,8 milhões por ano. A oposição questionou o fato de um estado que sofre com escassez de recursos hidrícos abrir mão de cobrar pelo recurso, enquanto governistas exaltaram a geração de emprego e desenvolvimento.
“O Ceará ainda promove abastecimento de água por carro pipa, por que reduzir tarifas para o oitavo homem mais rico do mundo”, questionou o deputado Heitor Férrer (PDT). No ano passado, dos 184 municípios, cerca de 80 precisaram ser atendidos pela Operação Pipa, realizada pelo Exército Brasileiro. “Aqui está concentrado 10% de toda a pobreza nacional, muitos sem acesso à água potável”.
O líder do governo Cid Gomes, deputado Antônio Carlos (PT), vê o incentivo a instalação das usinas por outro prisma. Segundo ele, os empreendimentos irão investir R$ 3,7 bilhões no Ceará e gerar mais de quatro mil empregos durante construção e operação. O petista informou ainda ao iG que a partir de janeiro de 2012, independente de haver consumo de água, as empresas pagarão R$400 mil por mês pelo serviço.
A usina Energia Pecém I será composta por duas caldeiras ou geradores de vapor, além de duas unidades turbo-geradoras capazes de produzir 720 MW de energia elétrica. O empreendimento está com 91% do projeto e 65% da obra concluídos. Já a MPX Pecém II terá capacidade de geração de 360MW, e só deve funcionar a partir de 2012.
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