Chuvas em Minas Gerais
Inundações em Minas Gerais, inundações na Serra e no Norte do Estado do Rio de Janeiro. Cada ano aos enchentes aumentam. “A culpa é da chuva“, os apresentadores, repórteres do TV e os políticos não se cansam de falar.
Mas a culpa não é da chuva. Dois dos grandes vilões são o asfalto e o cimento!
Cada metro quadrado cimentado ou asfaltado é um metro quadrado da terra perdida. Cada nova casa, cada quintal, cada novo estacionamento, cada nova rua, estrada e rodovia cimentadas e asfaltadas é terra perdida, que significa uma redução da capacidade do solo de absorver as águas da chuva.
Cada dia os solos brasileiros tem menos capacidade de incorporar e segurar águas das chuvas e transportá-las até aos recursos hídricos subterrâneos. Cada dia as águas das chuvas têm menos chance de infiltrar-se. Ao invés de se infiltrar no solo para aumentar as águas subterrâneas, as chuvas são transportadas cada vez mais rápido aos riachos e rios, já que não são mais tão bem absorvidas pelo solo. As enchentes aumentaram em sua amplitude e sua força.
Além disso, o cimento já é o grande vilão ambiental desde a sua produção. Cada saco de cimento, cada tonelada de cimento, está responsável pela destruição de um morro com vida e terra. E também responsável por um alto gasto de energia térmica à base de petróleo, carvão, lenha ou pneus usados para a sua produção. Dados da indústria de cimento calculam que para produzir uma tonelada de cimento, é necessário o equivalente a 60 a 130 kg de combustível e 110 kWh de energia eléctrica, o que significa uma emissão de aproximadamente 610 kg de dióxido de carbono (CO2) por tonelada de cimento, além de outros gases tóxicos. Nem só no Brasil, mas mundialmente as fábricas de cimento representam uma das indústrias mais poluentes e uma das maiores consumidoras de energia do planeta.
Cimento nunca foi e nunca vai ser social. Cimento é um crime ambiental!
Na véspera da Rio+20, é hora de questionar a quantidade absurda do uso de cimento no Brasil!
Norbert Suchanek, Correspondente e Jornalista de Ciência e Ecologia, é articulista e colaborador do EcoDebate
EcoDebate, 09/01/2012
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Sempre todos nós soubemos que a culpa é de nossa imprevidência e incúria quando usamos áreas de várzeas, mas alguns teimam ainda em tentar fingir que não existem. É por isso que Santa Catarina, Rio e outras partes do país sofreram conseqências terríveis por conta de antropizações indevidas. O pior é que os deputados Luisd henrique, Blaro Maggi e outros destruidores do Código não moram nas áreas de várzeas e quem sofre é em grande parte uma população sem qualquer condição ou compreensão da situação. Porém isso não exime o Poder Público de tomar medidas cabíveis de contenção de mortes que cresce a cada episódio desse tipo.
ResponderExcluirLuiz Dourado