TERCEIRO CANAL DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO OU EIXO SUL É O GRANDE EQUÍVOCO DO GOVERNADOR DA BAHIA

Recentemente o veículo de comunicação Bahia Econômica (leia abaixo), publicou a cobrança que o governador fez ao ministro da Integração (Fernando Bezerra), sobre a construção do terceiro eixo para o projeto de transposição do Rio São Francisco. 

O terceiro canal seria o eixo sul, que levaria água aos rios Itapicuru e Vaza-Barris. O rio Itapicuru que é composto por dois grandes rios, o Itapicuru Mirim que tem suas nascentes principais nas serras das Jacobinas e o Itapicuru Açu que tem suas nascentes principais no município de Pindobaçu e desagua no Oceano Atlântico, no município do Conde na Bahia. O Vaza-Barris que tem suas principais nascentes no município de Uauá, no estado da Bahia e desagua no Oceano Atlântico, no estado de Sergipe.
Recentemente, também em vários veículos de comunicação e até em matéria no Jornal Nacional da rede Globo, mostrou a miséria de como se encontra a Barragem de Mirorós, responsável pelo abastecimento de toda região de Irecê, que pertence a Bacia Hidrográfica do rio Verde e Jacaré, que é mais furada do que tábua de pirulito, com poços tubulares, sem nenhuma “outorga” ou licença do órgão gestor da Bahia que a cada dois anos muda de nome.
Miséria também se encontra na Bacia Hidrográfica do Rio Salitre, palco dos maiores conflitos pela escassez de água no Brasil. Já foi palco de crime e recentemente tem acontecido derrubada de postes da rede elétrica, para que grandes bombas (sem revisão de outorga e sem a própria outorga) não puxem toda a água e os pequenos agricultores a jusante não possam irrigar as suas lavouras.
Assim, o governo da Bahia abandona as Bacias do Salitre e do Verde e Jacaré que são sub-bacias do São Francisco. Não faz a gestão da bacia do Itapicuru permitindo as mineradoras acabar com os rios e agora quer levar água do Velho Chico para o Itapicuru e para o Vaza-Barris.


Com a palavra o parlamento das águas - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco

WAGNER PROPÕE QUE A TRANSPOSIÇÃO DO S.FRANCISCO TENHA UM EIXO NA BAHIA
QUARTA-FEIRA - 28/03/2012 ÀS 11:00

Na solenidade em que assinou convênios no valor de R$ 200 milhões com o Ministério da Integração, o governador Jaques Wagner cobrou do ministro da Integração um terceiro eixo para o projeto de transposição do Rio São Francisco. 
O terceiro canal seria o eixo sul que levaria água aos rios Itapicuru e o Vaza-Barris que cortam uma das regiões mais miseráveis do país. Essa proposta, defendida em vários artigos pelo economista e editor do Bahia Econômica, Armando Avena, já tem estudos realizados no âmbito da Codeavsf e outros órgão vinculados ao Ministério da Integração.
Atualmente estão em construção o eixo Norte e o eixo Leste, com custo inicialmente previsto em R$ 4,5 bilhões, mas que deve alcançar o montante de R$8,2 bilhões, por conta de desvios e paralisações. O eixo sul beneficiaria quatro milhões de pessoas que hoje sofrem com a falta de água na Bahia. O ministro Fernando Bezerra admitiu que existam estudos sobre o assunto.

 Fonte 1: http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=24937



MINISTRO ANUNCIA ESTUDOS PARA EIXO SUL DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO
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O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça, 06, em Salvador  que o governo federal já iniciou os estudos para construção do eixo sul da transposição do Rio São Francisco. A obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conta originalmente com dois eixos que vão levar água para as regiões mais secas de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Em palestra no evento da série Diálogos Capitais, da revista CartaCapital, Bezerra Coelho afirmou que o terceiro eixo do projeto partirá do município baiano de Rodelas, a 554 quilômetros de Salvador, em direção ao interior do Estado. “Pretendemos levar água e garantir segurança hídrica para as regiões mais secas da Bahia”, destacou o ministro, ressaltando que o objetivo é concluir os estudos sobre o eixo sul em meados de 2013: “A partir dos estudos, teremos uma noção do traçado, além de uma perspectiva de custo para implantação do projeto”.
De acordo com o ministro Fernando Bezerra Coelho, a obra de tranposição neste momento possui quatro mil trabalhadores, atuando em dez das 16 frentes de trabalho. “Estamos negociando para retomada das obras nas outras seis frentes”, garantiu o ministro. A paralisação das seis frentes é resultado de impasses nas negociações com as construtoras, que querem novos aditivos ao valor do contrato por conta de gastos não previstos no projeto inicial.
Diante de tal panorama, o ministro afirmou que  a previsão é que as obras do eixo leste sejam entregues em 2014 e as do eixo norte em 2015.  Na proposta original, ambos os eixos seriam inaugurados em 2010. Com os atrasos, o orçamento inicial, que era  de R$ 5 bilhões,  foi revisto  para R$ 6,8 bilhões. Com informações de A Tarde. 

Um comentário:

  1. O que se adita à matéria é o questionamento acerca de quais setores serão realmente beneficiados com a proposição intempestiva e açodada de Jacques Wagner. O Governador devia ter vergonha de ser a Bahia o pior Estado do Brasil em gestão de águas! O pobre Piauí e a vilipendiada Alagoas dão um banho com tão escassos recursos. Os Comitês da Bahia NÃO SÓ estão TOTALMENTE ABANDONADOS, como pior, INVIABILIZADOS pela política adotada pelo INEMA- ÁGUAS PARADAS". A questão de Mirorós é gravíssima. Em que pese a falta de observância inicial c para uso prioritário de abastecimento e diversas peripécias de marketing do então governo da Bahia (ACM)para produção agrícola. agora estoura o problema com baixa de cerca de 33 metros na barragem comprometendo o abastecimento de 14 cidades da região. Com a inépcia do governo atual, a situação descamba para conflitos ampliados de problemas em decorrência de falta de gestão e gerenciamento. Não tem vergonha o Governo da Bahia ao querer projetos de fachada, com interesses escusos, a exemplo da água que é outorgada para a BRASKEN da qual o Governador é acionista, doando água do subsolo para atividades não prioritárias. Já está na mídia como um dos piores governadores do Brasil. A questão é que isso comprometerá irreversivelmente o futuro da capital e região metropolitana. É só aguardar para conferir o desastre!

    Anonymus

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