De acordo com informações enviadas por Zoraide Vilasboas, do Movimento Paulo Jackson, milhares de pessoas estão agora na vigilia em Caetité, em frente ao Cemitério da cidade, conseguindo impedir a passagem do comboio radioativo, composto por 13 caminhões, que chegou na cidade, por volta das 19h, carregados de material atômico destinado ao distrito de Maniaçu, onde funciona a unidade unidade de extração e beneficiamento de urânio, em atividade no Pais.
A convocação para a manifestação foi feita pela rádio educadora e por carro de som, ao longo desta tarde, e a população optou em peso por exercer a sua cidadania, impedindo a passagem do material.
Mais informações podem ser acessadas em notícia postada mais cedo, clicando aqui.
BA – Caetité faz vigília contra lixo do Programa Nuclear Brasileiro que pode chegar à cidade esta noite
Por racismoambiental, 15/05/2011 17:27
A Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité (Ba), a Comissão Pastoral da Terra e o Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania estão convocando as populações da região (Caetité, Lagoa Real e Livramento) para uma grande vigília contra o lixo atômico e em defesa da vida, logo mais, às 19:30h, na saída de Caetité para Maniaçu, onde funciona a unidade de mineração e beneficiamento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Antes cogitado para chegar na próxima semana, tudo indica que o comboio radioativo, possivelmente vindo de São Paulo, que chegaria à Bahia na próxima semana, foi antecipado para hoje, revoltando a população local que está se mobilizando para rejeitar a carga nuclear, que deverá passar pela sede do município, rumo ao distrito de Maniaçu. Os sindicatos de trabalhadores do Rio de Janeiro e de Brumado estão questionando a insegurança com que este transporte está sendo feito e os riscos que isto representa para os trabalhadores, as populações e o meio ambiente.
Na última quinta-feira, a Rádio Educadora Santana de Caetité tratou do assunto, levantando a possibilidade da carga radioativa ser a mesma que saiu da cidade de Poços de Caldas (MG), na década de 1990, destinada a São Paulo para ser utilizada pela Marinha Brasileira em um projeto de submarino nuclear. Ainda segundo informações extra-oficiais, depois de usado no projeto, esse material ficou confinado em algum lugar da capital paulista (Interlagos?), até ser liberado para voltar a Poços de Caldas.
Em 2000, quando a carga voltaria a Minas, o então governador, Itamar Franco, proibiu a entrada da carga radioativa no Estado, inclusive colocando um helicóptero para sobrevoar a área da INB, impedindo a entrada ou saída de caminhões com contêineres. Na quinta-feira passada, os microfones da Educadora de Caetité foram colocados à disposição da direção da INB e reservado o horário da sexta-feira para esclarecimentos, mas ninguém se pronunciou até o momento (http://www.icaetite.com.br).
Ficam os questionamentos: Qual o motivo desta carga vir para Caetité, uma vez que a mina aqui contida é tida como a sexta maior reserva do mundo e a maior da América Latina? O que a INB pretende fazer com esta carga perigosa? Quais os riscos ambientais para Caetité e quais os riscos de maior exposição à radiação para os moradores das localidades circunvizinhas da INB? O que pensa o poder público sobre a questão? Será que o Prefeito sabe desta manobra da INB?
—-
http://www.icaetite.com.br/? lk=4&id=7567, atualizada com informações enviadas por Eliel Freitas Jr para a lista do CEDEFES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário