ÁGUA PARA TODOS E PARA NÓS!

Vista aérea de Juazeiro(BA) e Petrolina(PE)


Antes que você leia a matéria do Geraldo José sobre a reunião que o Comitê da Bacia do São Francisco realizou no dia 25 no Auditório da CODEVASF em Juazeiro, não podia deixar de externar que quando lia e ouvia o mundo político relatar o quanto de investimentos a Bahia perde para o vizinho estado do Pernambuco pensava que era apenas argumentos politiqueiros da "base alugado" que apoia a presidente Dilma.

Nesta reunião ficou claro para os presentes de 05 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), que estavam no auditório da CODEVASF quando assistiram a aula do Diretor da APAC - Agência Pernambucana de Águas e Climas, Marcelo Asfora apresentou como ha 08 anos o estado vem se preparando para conviver com a seca e neste período crítico não fez nenhum pedido de braço ou eixo novos da famigerada Transposição do São Francisco porque o estado tem o mapa da seca, o controle e o balanço hídrico do estado, enquanto os representantes do governo da Bahia, representando a CERB e a SEMA/INEMA sequer tiveram nada para apresentar a não ser um institucional conhecido pelos membros dos comitês baianos como "Água para Todos", menos para os Comitês que o estado instituí em 2006 e nesta gestão vem sendo enfraquecidos por não aportar recursos para os comitês,  comprometendo todo o "Sistema"

Assim, por termos passado em 5 anos de governo Wagner por três metamorfoses no Órgão Gestor, que inicialmente era  SRH, foi transformado em INGÁ  e  ha 1 anos atrás em INEMA e por isso não têm  o  mapa da seca, o controle e o balanço hídrico do estado. Quem não conhece a situação da escassez de água na Bacia do Salitre e do verde Jacaré? Talvez só o Eugênio por ter vindo do sul como consultor da BAMIN e agora sai pedindo dispensa de licitação para conclusão da adutora do São Francisco que vai levar água para Mirorós e sai atirando no escuro pedindo o terceiro eixo ou eixo sul da transposição avaliado em 600 milhões para levar água ao Rio Itapicuru detonado pela mineradoras e Vaza Barris, historicamente seco desde os tempos remotos, principalmente para quem conhece a história da Bahia como a do Antônio Conselheiro.

No dia 22 em reunião no Ministério da Integração o conterrâneo Amaury Teixeira, deputado federal do PT, através da indicação 2899/12 solicita que as obras da transposição do São Francisco possa levar água para o rio Jacuipe pertencente a Bacia Hidrográfica do Paraguaçu, alegando levar água para as cidades de Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Gavião, Nova Fátima, Pé de Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão do Jacuipe, Serra Preta, Várzea do Poço e da Roça, Ipirá e Mairi, que segundo o deputado, fica próximas ao "Velho Chico". Parece que o deputado não foi aluno do saudoso professor de geografia Adonel Moreira de Freitas (carinhosamente conhecido como compêndio), e da professora Celma.

Assim, fica evidente a diferença entre os técnicos do estado do Pernambuco e os representantes da Bahia que foram representar o Governador Wagner e o Secretário Eugênio Spengler que optou fazer a abertura da 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente em Paulo Afonso, encerrando a 20ª conferência regional que ironicamente temo como tema "Integração das políticas de Meio Ambiente e Recursos Hídricos"

MATÉRIA DA ASCOM DO CBH SÃO FRANCISCO PUBLICADA NO http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=26885




26/05

SÁBADO

COMITÊS DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO QUEREM MELHOR GESTÃO DA ÁGUA


A necessidade de melhorar a gestão dos recursos hídricos foi a conclusão que emergiu da discussão pública sobre os efeitos da estiagem na bacia do Rio São Francisco, que se estendeu durante todo o dia de hoje (25.5), no auditório da Codevasf, em Juazeiro. O encontro, promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - CBHSF, reuniu dirigentes dos governos federal, estaduais e municipal, representantes de seis comitês de bacias de rios afluentes, conselhos de seis açudes e a categoria dos produtores irrigantes do Oeste da Bahia.

No primeiro relato do dia o representante do comitê da bacia do rio Salitre, Almack Luiz Silva, distinguiu entre “a seca natural, cíclica, e a seca de gestão”. A abordagem predominou nas diversas intervenções, consolidando o entendimento de que a escassez de água que penaliza atualmente as populações, culturas e criações no Nordeste decorre tanto do fenômeno cíclico da estiagem como também de outros fatores, relacionados com a gestão dos recursos hídricos. No encerramento da programação matutina, o presidente do Comitê do São Francisco, Geraldo José dos Santos, destacou este como o sentimento emergente entre os participantes:
“É um anseio geral, todos desejam uma melhor gestão dos recursos hídricos, quer seja nas ações de governo, ou nas ações dos próprios comitês”. Os depoimentos evidenciaram problemas de toda ordem, desde a falta de água, falta de recursos para investimentos em obras hidroambientais, até o desmatamento, poluição, assoreamento, degradação das nascentes, técnicas predatórias, convergindo para o convencimento de que é necessário desenvolver meios de convivência com a estiagem, enquanto fenômeno cíclico.   
O presidente da Agência Pernambucana de Águas e Climas - Aspac, Marcelo Asfora,  opinou que “devemos ter uma visão clara sobre o que é situação de calamidade e o que é a  convivência com o semiárido. Neste momento, em relação à estiagem, estamos diante de um evento catastrófico, que deve ser tratado como tal, isto é, uma situação de emergência. Ao mesmo tempo, se aprendermos a conviver bem com o semiárido, se desenvolvermos procedimentos e tecnologias adequados, teremos meios para enfrentar a estiagem”.
A matéria na íntegra leia aqui...
Ascom CBHSF



Um comentário:

  1. É um fato concreto o desleixo por parte do governantes da Bahia e de seus asseclas que teimam em defender o indefensável. A Bahia retroagiu em todos os sentidos pela omissão, inépcia e má vontade deliberada. Não há compromisso com as questões prioritárias, sobretudo no que tange ao Meio ambiente contrariando a propaganda da Conferência Estadual do Meio Ambiente da Bahia que não condiz com a realidade. Falácias e sofismas de distração para engabelar os menos avisados. A Bahia nunca chegou a tal descalabro que vai desde o abandono e desconexão das políticas políticas hídricas até a promiscuidade, pela alteração da Lei Ambiental que incentiva de todas as formas a degradação ambiental. Nesta esteira a Bahia desce a rampa e é hoje o Estado da Federação com a PIOR GESTÃO em Educação, Saúde, Transporte, Segurança, Meio Ambiente etc.
    Cabe ao povo dar um basta em tudo isso. A reunião do CBHSF demonstrou isso claramente como explicita o texto.

    Luiz Dourado

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