Tóquio, 6 mai (EFE).- Hokkaido Electric Power, operadora da usina nuclear de Tomari (norte), completou neste domingo a parada do último reator atômico ativo no país após a crise na planta de Fukushima em março de 2011, informou a agência local de notícias 'Kyodo'.
Como tinha programado, a operadora da unidade começou no sábado a reduzir a potência do reator 3 de Tomari às 17h (horário local, h de Brasília) para realizar a parada de seu gerador em torno das 23h (11h), que foi completamente detido às 4h deste domingo (16h de sábado).
Após a parada de Tomari, o Japão desligou a última das 54 unidades atômicas com as quais contava em funcionamento antes de Fukushima, ao mesmo tempo em que isto representa a primeira vez em 42 anos que o país não vai gerar eletricidade através da energia nuclear.
Após o início da crise nuclear no Japão, um país que em 2010 dependia em 26,4% da energia atômica, as operadoras elétricas se viram obrigadas a recorrer à energia térmica para poder garantir a provisão em fábricas, empresas e áreas residenciais.
Agora, sem nenhum reator nuclear ativo, o Governo japonês teme que se não reiniciar nenhuma das unidades atômicas possa acontecer cortes na provisão de energia elétrica, sobretudo nos meses de verão, quando a demanda alcança seu teto.
Neste sentido, o Gabinete do primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, junto com as operadoras de energia elétrica do país, intensificou as reuniões com os governos locais que abrigam as plantas para proceder a sua reativação, uma vez que tenham superado testes de resistência que credenciem sua segurança.
Neste momento, os esforços do Governo estão focados na reativação dos reatores 3 e 4 da usina nuclear de Oi, na região de Kansai (centro), a primeira a superar os testes de resistência, e apesar de já ter recebido a firme rejeição por parte das regiões e cidades próximas à unidade.
'Tentaremos voltar a ganhar a confiança da sociedade, especialmente nas regiões que abrigam usinas nucleares e continuaremos realizando os máximos esforços para reativar as usinas o mais rápido possível', afirmou após o fechamento de Tomari Makoto Yagi, presidente da Federação japonesa de Companhias Elétricas. EFE
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