Indignados com a falta de compromisso e paralisação das negociações por parte dos responsáveis da Yamana Gold os moradores da comunidade Canavieiras, município de Jacobina, interditaram mais uma vez a rodovia que dá acesso a empresa ...
O que os EUA podem ganhar com o golpe no Paraguai
A reação de Washington ao golpe "democrático" no Paraguai será, como
sempre, ambígua. Descartada a hipótese de que os estadunidenses agiram para
fomentar o golpe — o que, em se tratando de América Latina, nunca pode ser
descartado –, o Departamento de Estado vai nadar com a corrente, esperando
com isso obter favores do atual governo de fato.
------------------------------
Não é pouco o que Washington pode obter: um parceiro dentro do Mercosul, o
bloco econômico que se fortaleceu com o enterro da ALCA — a Área de Livre
Comércio das Américas, de inspiração neoliberal. O Paraguai é o responsável
pelo congelamento do ingresso da Venezuela no Mercosul, ingresso que não
interessa a Washington e que interessa ao Brasil, especialmente aos estados
brasileiros que têm aprofundado o comércio com os venezuelanos, no Norte e
no Nordeste.
Hugo Chávez controla as maiores reservas mundiais de petróleo, maiores
inclusive que as da Arábia Saudita. O petróleo pesado da faixa do Orinoco,
cuja exploração antes era economicamente inviável, passa a valer a pena com
o desenvolvimento de novas tecnologias e a crescente escassez de outras
fontes. É uma das maiores reservas remanescentes, capaz de dar sobrevida ao
mundo tocado a combustíveis fósseis.
Washington também pode obter condições mais favoráveis para a expansão do
agronegócio no Chaco, o grande vazio do Paraguai. Uma das preocupações das
empresas que atuam no agronegócio — da Monsanto à Cargill, da Bunge à Basf
— é a famosa "segurança jurídica". Ou seja, elas querem a garantia de que
seus investimentos não correm risco. É óbvio que Fernando Lugo, a esquerda
e os sem terra do Paraguai oferecem risco a essa associação entre o
agronegócio e o capital internacional, num momento em que ela se aprofunda.
Não é por acaso que os ruralistas brasileiros, atuando no Congresso,
pretendem facilitar a compra de terra por estrangeiros no Brasil. Numa
recente visita ao Pará, testemunhei a estreita relação entre uma ONG
estadunidense e os latifundiários locais, com o objetivo de eliminar o
passivo ambiental dos proprietários de terras e, presumo, facilitar futura
associação com o capital externo.
Finalmente — e não menos importante –, o Paraguai tem uma base militar
"dormente" em Mariscal Estigarribia, no Chaco. Estive lá fazendo uma
reportagem para a CartaCapital, em 2008. É um imenso aeroporto, construído
pelo ditador Alfredo Stroessner, que à moda dos militares brasileiros
queria ocupar o vazio geográfico do país. O Chaco paraguaio, para quem não
sabe, foi conquistado em guerra contra a Bolívia. Há imensas porções de
terra no Chaco prontas para serem incorporadas à produção de commodities.
O aeroporto tem uma gigantesca pista de pouso de concreto, bem no coração
da América Latina. Com a desmobilização da base estadunidense em Manta, no
Equador, o aeroporto cairia como uma luva como base dos Estados Unidos. Não
mais no sentido tradicional de base, com a custosa — política e
economicamente custosa — presença de soldados e aviões. Mas como ponto de
apoio e reabastecimento para o deslocamento das forças especiais, o que faz
parte da nova estratégia do Pentágono. O renascimento da Quarta Frota,
responsável pelo Atlântico Sul, veio no mesmo pacote estratégico.
É o neocolonialismo, agora faminto pelo controle direto ou indireto das
riquezas do século 21: petróleo, terras, água doce, biodiversidade.
Um Paraguai alinhado a Washington, portanto, traz grandes vantagens
potenciais a interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares
estadunidenses.
http://www.diarioliberdade. org/artigos-em-destaque/405- institucional/28552-o-que-os- eua-podem-ganhar-com-o-golpe- no-paraguai.html
sempre, ambígua. Descartada a hipótese de que os estadunidenses agiram para
fomentar o golpe — o que, em se tratando de América Latina, nunca pode ser
descartado –, o Departamento de Estado vai nadar com a corrente, esperando
com isso obter favores do atual governo de fato.
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Não é pouco o que Washington pode obter: um parceiro dentro do Mercosul, o
bloco econômico que se fortaleceu com o enterro da ALCA — a Área de Livre
Comércio das Américas, de inspiração neoliberal. O Paraguai é o responsável
pelo congelamento do ingresso da Venezuela no Mercosul, ingresso que não
interessa a Washington e que interessa ao Brasil, especialmente aos estados
brasileiros que têm aprofundado o comércio com os venezuelanos, no Norte e
no Nordeste.
Hugo Chávez controla as maiores reservas mundiais de petróleo, maiores
inclusive que as da Arábia Saudita. O petróleo pesado da faixa do Orinoco,
cuja exploração antes era economicamente inviável, passa a valer a pena com
o desenvolvimento de novas tecnologias e a crescente escassez de outras
fontes. É uma das maiores reservas remanescentes, capaz de dar sobrevida ao
mundo tocado a combustíveis fósseis.
Washington também pode obter condições mais favoráveis para a expansão do
agronegócio no Chaco, o grande vazio do Paraguai. Uma das preocupações das
empresas que atuam no agronegócio — da Monsanto à Cargill, da Bunge à Basf
— é a famosa "segurança jurídica". Ou seja, elas querem a garantia de que
seus investimentos não correm risco. É óbvio que Fernando Lugo, a esquerda
e os sem terra do Paraguai oferecem risco a essa associação entre o
agronegócio e o capital internacional, num momento em que ela se aprofunda.
Não é por acaso que os ruralistas brasileiros, atuando no Congresso,
pretendem facilitar a compra de terra por estrangeiros no Brasil. Numa
recente visita ao Pará, testemunhei a estreita relação entre uma ONG
estadunidense e os latifundiários locais, com o objetivo de eliminar o
passivo ambiental dos proprietários de terras e, presumo, facilitar futura
associação com o capital externo.
Finalmente — e não menos importante –, o Paraguai tem uma base militar
"dormente" em Mariscal Estigarribia, no Chaco. Estive lá fazendo uma
reportagem para a CartaCapital, em 2008. É um imenso aeroporto, construído
pelo ditador Alfredo Stroessner, que à moda dos militares brasileiros
queria ocupar o vazio geográfico do país. O Chaco paraguaio, para quem não
sabe, foi conquistado em guerra contra a Bolívia. Há imensas porções de
terra no Chaco prontas para serem incorporadas à produção de commodities.
O aeroporto tem uma gigantesca pista de pouso de concreto, bem no coração
da América Latina. Com a desmobilização da base estadunidense em Manta, no
Equador, o aeroporto cairia como uma luva como base dos Estados Unidos. Não
mais no sentido tradicional de base, com a custosa — política e
economicamente custosa — presença de soldados e aviões. Mas como ponto de
apoio e reabastecimento para o deslocamento das forças especiais, o que faz
parte da nova estratégia do Pentágono. O renascimento da Quarta Frota,
responsável pelo Atlântico Sul, veio no mesmo pacote estratégico.
É o neocolonialismo, agora faminto pelo controle direto ou indireto das
riquezas do século 21: petróleo, terras, água doce, biodiversidade.
Um Paraguai alinhado a Washington, portanto, traz grandes vantagens
potenciais a interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares
estadunidenses.
http://www.diarioliberdade.
Um pouco do rio São Francisco em Belo Horizonte
Poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer, de perto, toda a grandiosidade do rio São Francisco. Os quase 3 mil quilômetros de extensão do curso d’água passa por cinco estados brasileiros e atravessa biomas de mata atlântica, caatinga e cerrado. Em março, porém, fez dois anos que o aquário da Bacia do Rio São Francisco, localizado no jardim zoológico de Belo Horizonte, aproxima pessoas de um dos maiores rios do Brasil.
A visão de peixes de variadas espécies nadando entre areia, pedras, cascalho e plantas aquáticas dá a impressão de realmente se tratar do fundo do Velho Chico. E é esse o objetivo do cenário dos 22 tanques que fazem parte do aquário.
“Com essa riqueza de detalhes, tentamos reproduzir em cada tanque o ambiente natural onde o peixe vive”, afirma o presidente da Fundação Zoo-Botânica, Evandro Xavier. Ele diz que alguns dos elementos do recinto foram feitos com peças moldadas em resina e fibra de vidro, pintadas com tinta especial.
Há pouco tempo, o aquário alcançou a capacidade prevista de peixes. “Os últimos que chegaram foram cinco pirás-tamanduá e dois surubins. Com eles, atingimos a marca de 1.400 peixes, de 60 espécies diferentes”. Pirambeba, piau-três-pintas, mandi amarelo, cascudo, dourado e matrinxã também estão em exposição.
A flora encontrada ao longo do percurso do São Fran-cisco está representada por meio da mata ciliar que protege o curso d’água. Além disso, uma réplica da Serra da Canastra revela o lugar onde nasce o Velho Chico.
Xavier adianta que, nos próximos dias, o aquário colocará em exposição uma réplica do Benjamim Guimarães, única embarcação a vapor que permanece em funcionamento no mundo. Ela foi construída em 1913 para fazer viagens ao longo do rio São Francisco.
Com olhar curioso, as primas Luna Letícia Ferreira, de 5 anos, e Ludmila Vitória Borges do Nascimento, de 7, fizeram, nesta sexta-feira, a primeira visita ao aquário. Essa foi também a primeira vez em que ouviram falar sobre o rio São Francisco.
Enquanto Ludmila gostou mais do recinto onde estavam as piranhas, Luna se surpreendeu com o tanque que abrigava grandes peixes. “Não sabia que existia peixe desse tamanho. Achei que eram todos pequenos”, disse a garota, que se referia ao dourado, um dos símbolos do Velho Chico.
Muito mais que um passeio, o aquário é a chance de se trabalhar a educação ambiental. “Queremos sensibilizar os visitantes sobre a urgência de se preservar o rio. A destruição da mata ciliar, o lançamento de esgoto in natura no curso e a pescaria predatória estão causando grande destruição e perda de biodiversidade”, alerta Xavier.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Geraldo José dos Santos, tem a mesma opinião. “Vejo o aquário como uma esperança. Por meio dele, muita gente tem a oportunidade de conhecer as riquezas do rio e adquirir conhecimento sobre a importância de preservá-lo”.
O aquário fica na avenida Doutor Otacílio Negrão de Lima, 8.000, na Pampulha. Está aberto ao público de terça-feira a domingo, das 8 às 17 horas. A entrada custa R$ 5.
Raquel Ramos
http://www.hojeemdia.com.br/um-pouco-do-rio-s%C3%A3o-francisco-em-belo-horizonte-1.466/aqu%C3%A1rio-da-bacia-do-rio-s%C3%A3o-francisco-1.467
Bahia recebe financiamento de R$ 16,7 milhões para gestão ambiental
Na contramão.
Enquanto a Bahia tem quase 300 municípios em estado de calamidade pública por questões hídricas, o mascate ambiental Eugênio Spengler endivida o estado com US$ 16,7 milhões de dólares para fazer gestão de recursos hídricos da região metropolitana e Bacia do Leste. Bacias de rios permanentes.
Enquanto a Bahia tem quase 300 municípios em estado de calamidade pública por questões hídricas, o mascate ambiental Eugênio Spengler endivida o estado com US$ 16,7 milhões de dólares para fazer gestão de recursos hídricos da região metropolitana e Bacia do Leste. Bacias de rios permanentes.
É bom lembrar que a maioria das quase 300 cidades que se encontram em estado de calamidade pública pertencem as Bacias de rios Intermitentes (a maior parte do ano sem água), Bacia do Verde e Jacaré, Salitre, Paraguaçu e Itapicuru.
Foto: Divulgação
O Secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugenio Spengler, e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento no Brasil (BID), Juan Carlos De La Hoz, assinaram nesta quarta-feira (27), em Brasília, o Programa de Desenvolvimento Ambiental do estado da Bahia, que receberá o crédito de US$ 16,7 milhões, com US$ 6,7 milhões de contrapartida do estado. O objetivo do pacote é acelerar os projetos de gestão ambiental que já são realizados no estado e terão os prazos de quatro anos para execução e de 25 para pagamento. La Hoz destacou que o programa baiano é o primeiro destinado pelo banco ao desenvolvimento sustentável assinado após a realização da Rio+20. “Essa é uma circunstância super positiva, pois vamos aplicar nossos recursos em dois pontos que marcaram a Conferência e que necessitam de gestão ambiental: a preservação dos recursos hídricos e da biodiversidade”, disse. Os recursos deverão ser aplicados no fortalecimento da capacidade de planejamento da secretaria e na conservação das Áreas de Preservação Ambiental (APAs) de duas regiões: a Região Metropolitana de Salvador (RMS) e a Bacia do Leste. “O objetivo do programa é modernizar o sistema de gestão ambiental do estado da Bahia contribuindo para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, principalmente, dos recursos hídricos”, explicou Spengler.
O mundo não começou e nem termina na Rio+20. Precisamos ter a noção de processo histórico. Não há um ponto de chegada para humanidade, definitivo, um paraíso sobre a Terra. A humanidade terá que reinventar-se constantemente para responder aos desafios de cada momento de sua trajetória, enquanto existir, enquanto for a espécie dominante. Os predadores não têm a última palavra sobre a história, se é que podemos dividir o mundo entre predadores e vítimas. Talvez essa equação seja possível nos extremos da sociedade, mas não na faixa média.
Os resultados são limitados, os da Cúpula Oficial praticamente inexistentes. Mas, teremos que caminhar, porque novas contradições vão aparecer, inclusive novos impasses. O petróleo continua existindo, mas não é eterno. Mais dois bilhões de seres humanos ocuparão a face da Terra até 2050. Vão precisar de água, comida, ar limpo para respirar. Mas também vão necessitar de moradia, energia, transportes. As cidades vão engarrafar o trânsito. Os fenômenos climáticos extremos vão se agudizar, mesmo que alguns céticos não queiram. Provavelmente teremos novas tragédias, guerras por bens naturais, novo mapa mundial, eliminação de muitas pessoas e boa parte das formas de vida.
A busca da nova síntese civilizacional persiste, sobretudo porque agora as populações originárias – o que resta delas – querem ser sujeitos da história, não apenas um apêndice, ou um atraso, ou uma barreira para o desenvolvimento. O etnocentrismo do mundo iluminista não vai subsistir por muito tempo, se é que já não sucumbiu às contribuições inestimáveis desses povos para a sobrevivência da humanidade. A governança mundial não está à altura dos desafios da época, mas eles também terão que mudar, senão serão varridos pelas contradições da história.
Roberto Malvezzi, Gogó
Equipe CPP/CPT do São Francisco. Músico. Filósofo e Teólogo
Adital
DESCOBERTO NO SALITRE, EM JUAZEIRO, UM MANANCIAL DE ÁGUA
Atendendo o pedido de um representante da comunidade da região do Salitre, o superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Emanoel Lima da Silva, determinou que uma equipe formada por engenheiros, técnicos e geólogos da instituição se deslocasse até a localidade de Manga I. O objetivo da comitiva foi o de avaliar a viabilidade e o potencialidade da água de um poço descoberto por vaqueiros da comunidade há cinco anos. A expectativa é de que a água disponível no poço possa amenizar os efeitos causados pela seca na região.
O poço foi descoberto por acaso, quando um caminhão que passava pelo local atolou bem em cima do reservatório subterrâneo de água, até então desconhecido da comunidade. Os próprios vaqueiros fizeram a escavação e, em seguida, encaminharam amostra da água para um teste de laboratório, para saber se era potável ou não. Desde aquele dia, a água do poço é utilizada no plantio, na criação de animais e no consumo humano, matando a sede dos trabalhadores e de alguns moradores mais próximos.
O Presidente da Comissão para Estruturação e Emancipação do Salitre, Geronilson Mota Pereira da Silva (Zeca do Salitre), solicitou a Codevasf a criação de um projeto que disponibilize essa água para a comunidade. “A Codevasf está fazendo o estudo e a gente quer que ela jogue essa água para os salitreiros, pelo menos para o consumo humano. É muita água, só falta trabalhar em cima dessa questão. Eu tenho fé em Deus que esse estudo vai ser aprovado e que nós vamos vencer essa luta”, acredita o líder comunitário.
Segundo Zeca, há muita água passando por debaixo da terra e a grande quantidade de algarobas naquela região comprova isso, uma vez que esta espécie de árvore só cresce em locais com grande capacidade de armazenamento de água. Após a primeira análise, o geólogo da Codevasf, Antonio Luna de Alencar, confirmou o que a comunidade já sabia. “Aqui nós teremos talvez a condição de ter uma vazão próxima de 30 mil litros por hora, o que seria bastante alta, considerando a vazão de todos os poços que já foram perfurados historicamente na região. A água é um pouco carbonatada, mas de boa qualidade para o consumo humano e devido à vazão que temos aqui, com certeza dará para abastecer a comunidade local”, garantiu o geólogo.
De forma mais técnica, Antonio Luna fez uma análise teórica da presença da água e como ela poderia ser utilizada, “O que temos aqui, em particular, é um tipo de bacia sedimentária de calcário marginal, situada onde há uma mini fossa tectônica preenchida de calcário. É uma concentração localizada de água que faz com que o lençol freático fique bastante superficial, isso se traduz em uma condição de água determinada, que dá uma vazão bastante apreciável, considerando as condições da região como um todo”, esclareceu.
Os integrantes da comitiva vão registrar e levar as impressões que tiveram até o superintendente para que sejam tomadas medidas cabíveis. Mas a expectativa é que em breve a Codevasf comece os estudos para calcular a vazão e somente então poderá ser construído um poço tubular para posteriormente promover a distribuição dessa água para as comunidades mais próximas. A depender do potencial do reservatório, um pequeno projeto de irrigação comunitária também poderá ser criado.
Zilton César Ascom Codevasf 6 SR
SÁBADO - 09/06/2012 ÀS 11:00
Fonte: http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=27344
COM AUSÊNCIA DO INEMA, CBH SALITRE APROVA ATAS E DELIBERAÇÕES
XI Plenária Extraordinária do CBH Salitre em Campo Formoso-BA (Foto Almacks Luiz)
Hoje, dia
21/06/2012, o CBH Salitre realizou a XI Reunião Plenária Extraordinária na
cidade de Campo Formoso com grande sucesso. Apesar de que a SEMA/INEMA que é a
Secretaria Executiva do Comitê que tem dois membros, sendo um titular e um
suplente e uma Unidade Regional a menos de 30 km na cidade de Senhor do Bonfim,
sequer um funcionário compareceu à Plenária para cumprir o que ela própria
preconiza, através da Resolução CONERH 55/09 na Seção II da Secretaria-Executiva:
Art.
13. A Secretaria-Executiva será exercida pela Agência de Águas da Bacia até
que ela seja criada, pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima - INGÁ.
Art.
14. Compete à Secretaria-Executiva:
I -
prestar apoio administrativo, técnico e financeiro ao CBH;
II -
prestar apoio operacional ao funcionamento do Plenário, das Câmaras Técnicas;
III -
gerir a infra-estrutura operacional necessária às funções da Secretaria;
IV -
elaborar o seu programa de trabalho e respectiva proposta orçamentária anual e submetê-los
à aprovação do Plenário.
Assim, em esforço hercúleo de 14 (catorze) membros aonde a maioria não
vem sendo custeada e com apoio logístico total da Prefeitura de Campo Formoso, foram
aprovadas por unanimidade 04 (quatro) atas pendentes desde 2010 e 04 (quatro) deliberações
importantíssimas para o Comitê e para o Sistema Hídrico baiano.
MORADORES DA CANAVIEIRAS FAZEM PIQUETE NA ESTRADA DA MINERAÇÃO.
EMERSON ROCHA / BAHIA ACONTECE
Bahia: Governo quer transpor São Francisco até a Grande Salvador
Canal da Transposição (Foto de Almacks Luiz feita em 07/06/2012)
Mais um absurdo proposto!
Após percorrermos os Eixos Leste e Norte dos Canais da Transposição das águas do Rio São Francisco nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2012 percebemos que a situação da obra é bem pior do que em 2009 quando fizemos o mesmo roteiro, obra que era prevista para Lula inaugurar, com certeza Dilma não inaugurará e aparece uma proposta absurda como esta.
O governo da Bahia acaba com o rio Paraguaçu com o Polo de Irrigação de Mucugê, com o abacaxi em Itaberaba e com o resto da água que sobra libera para Votorantim gerar energia em Pedra do Cavalo e vender a própria energia a COELBA. Água que deveria ser destinada a dessedentação do povo da capital, Feira de Santana e região metropolitana.
Na outra ponta acaba com o Rio Itapicuru permitindo a Yamana Gold instalar três unidades às margens do Rio, Jacobina, Fazenda Brasileiro em Barrocas e Projeto C1 em Santa Luz para produzir ouro que segundo o PNM 2030 - Plano Nacional da Mineração no Itapicuru não teremos água para dessedentação humana e animal, apenas para produção de Ouro. Para confirmar façam o balanço hídrico e vejam quantas onças de ouros são projetadas para 2030 e veja a disponibilidade hídrica do Itapicuru. Mais um conflito a vista.
Bahia: Governo quer transpor São Francisco até a Grande Salvador
- Detalhes
- Publicado em Terça, 19 Junho 2012 19:23
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou, nesta terça-feira, no programa Bom Dia, Ministro que o governo federal irá contratar, até o final do ano, uma empresa para realizar estudo sobre uma nova transposição das águas do Rio São Francisco. O canal do Eixo Sul, que pode ter entre 500 e 600 km de extensão, partiria do Lago de Sobradinho, no norte da Bahia, e chegaria até "os contornos da região metropolitana de Salvador", passando por todo o semiárido baiano. Com o novo eixo, as águas do São Francisco seriam levadas para a Bacia do Rio Paraguaçu, que corta o Estado e abastece a Grande Salvador.
Após o programa, o ministro disse à Agência Brasil e à TV Brasil que já recebeu orientação da presidente Dilma Rousseff de contratar os estudos. Bezerra acredita que entre quatro e seis meses deverá estar selecionada e contratada a empresa que elaborará o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima). Esses estudos levarão de 18 a 24 meses para a conclusão. Ele avalia que a obra contribuirá para a segurança hídrica na Bahia, que tem a maior parte do território no semiárido. "Nós queremos, essa é a nossa animação, que a decisão para a construção do Eixo Sul possa ser tomada ainda neste primeiro mandato da presidente Dilma, tendo todos os elementos para a tomada de decisão", afirmou o ministro. A elaboração dos projetos e do EIA-Rima ajudará a definir o percurso do canal e o custo da obra. Como comparação, os eixos Leste e Norte, em execução, tem orçamento de R$ 6,85 bilhões (o valor inicial era R$ 5 bilhões).
Loucuras hídricas
Semiárido
Irrigação em todo o semiárido é ilusão. Só 5% do solo é apto para irrigação. Só há água para 2%. Sempre haverá semiárido, é preciso conviver com isso.
A severa diminuição no regime das chuvas que assola o semiárido brasileiro estava prevista pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Grandes secas no Nordeste são cíclicas: a última foi há 26 anos, em 1982, e daqui um período semelhante teremos outra diminuição drástica e progressiva no volume da pluviosidade.
Esses momentos são férteis para o cometimento de loucuras e demagogias hídricas. Por isso, são necessárias algumas reflexões.
O regime das chuvas, em média, começou a diminuir desde 2006, tendo seu pico em 2012, mas a seca pode adentrar 2013. A região mais atingida é o semiárido baiano. Na verdade, 40% do semiárido brasileiro está na Bahia. Cerca de 250 municípios decretaram situação de emergência. Mas a diminuição das chuvas já se estende ao chamado polígono das secas, atingindo os nove estados do Nordeste.
Encontros para debater o problema, incluindo os moradores da região, mostram que hoje é mais fácil enfrentar a situação que há 30 anos.
Agora, há pelo menos uma cisternas para depositar a água dos pipas, há o salário dos aposentados para fazer uma feira, há mais facilidade nos transportes, a energia elétrica ajuda e há o próprio Bolsa Família. Entretanto, essa infraestrutura ainda é insuficiente para que o período seja atravessado sem maiores sofrimentos.
Não se pode comparar o semiárido de hoje com o de dom Pedro 2º. No século passado, o Denocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) construiu cerca de 70 mil açudes para armazenar a água da chuva, com uma capacidade de 36 bilhões de metros cúbicos. Grande parte desses açudes, assim como rio São Francisco, está com água. Onde reside o problema?
Hoje, a maioria dos técnicos insiste que a questão chave está na capilaridade da distribuição dessa água. Não foi realizada a distribuição horizontal, por adutoras.
Pior, alguns açudes, como o de Mirorós, na Bahia, tiveram suas águas intensamente utilizadas para irrigação, quando de forma planejada deveriam ter sido poupadas para o uso humano e para a dessedentação dos animais, já que a seca estava prevista. Nesse caso, o fato novo pode ser o colapso hídrico do meio urbano, não apenas das famílias dispersas no meio rural.
Por isso, o diagnóstico da Agência Nacional de Águas (ANA) é que 1.794 municípios nos nove estados do Nordeste precisam de novos ou complementares serviços de água para não entrarem em colapso hídrico até 2025.
Outra questão é vender a ilusão da irrigação para todo o semiárido.
O projeto Áridas, realizado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, concluiu que apenas 5% dos solos do semiárido são aptos para a irrigação -e, mesmo assim, temos água para irrigar apenas 2% deles.
Portanto, 95% do semiárido sempre serão semiárido.
É inevitável desenvolver um olhar sistêmico sobre a região, algo que chamamos de convivência com o semiárido. São necessárias propostas de atividades econômicas adequadas a esse ambiente específico.
O semiárido tem solução. O pouco que foi feito contribuiu decididamente com a diminuição da mortalidade infantil na região, fato que surpreendeu inclusive os técnicos do IBGE. Temos apenas 400 mil cisternas -projetadas para períodos de seis meses sem chuva- e poucas adutoras, insuficientes para suportar períodos de longa estiagem.
Quem sabe a geração nordestina que vai viver a seca em 2042, agravada pelas mudanças climáticas, possa estar melhor infraestruturada do que a geração atual.
[Autor de "Semiárido: uma visão holística" (Confea/Crea).
Artigo publicado na Folha de S.Paulo].
Artigo publicado na Folha de S.Paulo].
Roberto Malvezzi, Gogó
Equipe CPP/CPT do São Francisco. Músico. Filósofo e Teólogo
Adital
EXÉRCITO OCUPA A ILHA DO FOGO EM JUAZEIRO/PETROLINA
Por Lorena de Araujo Melo
Em que lugar foram pensadas estratégias pelo
exército para acolher a comunidade frequentadora da Ilha do Fogo?
Enquanto se desenrola as matérias
jornalísticas acerca da ocupação da Ilha do Fogo pelo Exército Brasileiro-72º Batalhão de Infantaria Motorizado sediado em Petrolina, vai se traçando um outro sentimento
distinto daquele que não aparece nas noticias e decisões institucionais.
Este sentimento, é, em particular, uma experiência de pertencimento do lugar vivenciada dentro de uma
trajetória de vida, minha, e de tantos outros Amigos da Ilha do Fogo que ali se
encontram diàriamente, à aproximadamente três décadas. Busca-se nesses encontros além das práticas
desportistas à articulação de uma rede de relações sociais e estratégias pela revitalização
do rio, a defesa de suas águas e do ambiente.
O percurso da nossa existência na Ilha do Fogo pôde
expressar, através de vários encontros os mais profundos sentimentos de bem
estar, cuidados e afetos que foram se intensificando à dinâmica da vida dos Amigos
da Ilha - banhados pelas águas do Rio São Francisco.
Todos esses motivos reúnem-se ao se materializarem as ações
educativas que foram realizadas a aproximadamente 30 anos, o que nos credencia
para ter a ilha do fogo como nossa segunda casa.
O pertencimento da Ilha do Fogo fez-se das inúmeras
práticas desportistas, como natação, peteca e ações de preservação e pôde
traçar os fios de uma relação de cuidado e amizade constituídos pelo amor a
natureza e ao Rio São Francisco.
A explosão da notícia
de ocupação pelo exército e as afirmações
do Comandante James Corlet dos Santos- em que não vai permitir o acesso de civis a nenhum local da ilha
e que a mesma será transformada em Centro de Treinamento Militar, da forma como estão sendo feitas, escapam indagações a propósito da
expulsão das comunidades banhistas de Juazeiro e Petrolina.
Em que as diferenças de
tratamento voltadas para as operações militares, a política das estratégias
militares do exército seriam mais reveladoras na ocupação da “casa dos outros” do que a complexidade
da existência das pessoas que frequentam a ilha? Que intenções surgem nesse processo de
territorialização?
Indagações semelhantes surgem para problematizar
a ocupação já realizada pelo exercito do outro da ilha -base fluvial- remetendo
todavia, ao desenrolar do sentimento de violação que nos arremessam para fora de
um lugar que é nosso para abrigar espaços físicos, administrado sem a presença
de um movimento vivo, sustentados
a base do cadeado.
Vale refletir que
escolha de frequentar Ilha do Fogo surgiu da espontaneidade e do exercício livre
de cidadania. Diferentemente de uma condição imposta institucionalmente, pela
justiça federal de Pernambuco, e que certamente, está desconsiderando a
implicação social e o dissabor que esta apropriação vai causar a população
frequentadora, que tem a ilha como um lugar de fácil acesso ao lazer e intensos
encontros.
Ao lado de todos os
sentimentos elencados vamos nos remeter a Geraldo Azevedo quando canta: “Meu
barco é meu coração que vai sem mágoas, nas águas desta paixão até o cais” ...
Portanto queremos
reafirmar que temos um compromisso histórico com a vida do rio da integração
nacional e que foram construídos ao longo dos anos, numa distribuição equitativa
de afetos e cuidados, e são percorridos pela singularidade dos Amigos que não
pedem nada, a não ser viver a intimidade da Ilha do Fogo com o acesso livre a toda
comunidade, embunitecendo cada vez mais a luxuosa paisagem viva da ilha, sem imposições e operações
militares.
Mais um vazamento de produtos químicos da Yamana Golg atinge barragem que abastece Jacobina
No início de junho aconteceu mais um vazamento de produtos quimicos que causou a morte de dezenas de peixes no rio Itapicuru, vejam o relato de um dos moradores revoltados...
Nascentes ameaçadas de extinção
Nascente
Um dos aspectos frustrantes da medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff, de forma casada com vetos pontuais ao Código Florestal aprovado pelo Congresso, é a redução das exigências legais para a recuperação de nascentes. Os legisladores do Planalto introduziram deliberadamente no texto da medida a expressão “perenes”, com o intuito de excluir dessas exigências as nascentes intermitentes que, frequentemente, ocorrem em regiões com menor disponibilidade anual de água.
Diante da reação de espanto com a introdução, por moto próprio do Planalto, de mais um retrocesso na legislação florestal, circulam rumores em Brasília de que a ANA (Agência Nacional de Águas) será convocada a publicar uma nota técnica sustentando que “intermitente” também é “perene”, de modo a evitar uma reedição da medida provisória pela presidente.
Além disso, a medida provisória também consolida a redução da extensão das áreas a serem reflorestadas ao redor das nascentes. Enquanto a lei revogada na segunda-feira indicava um raio de 50 metros ao redor de qualquer nascente, a nova lei mantém esta metragem apenas para as nascentes já protegidas, não desmatadas. Para fins de recuperação, a exigência máxima passa a ser de 15 metros, chegando a apenas 5 metros para as propriedades de menor extensão.
Observa-se aqui a mesma lógica perversa aplicada a vários outros dispositivos do texto legal: quem cumpriu a lei revogada será punido com a manutenção do mesmo nível de exigência e com um conceito de nascente amplo; os que descumpriram a lei – desmatando, aterrando e reduzindo a disponibilidade de água – serão premiados com uma anistia que começa com a introdução do adjetivo “perene” ao conceito e por uma anistia florestal, para fins de recuperação, que variará de 70% a 90%, supondo-se a manutenção de mais essa excrescência na legislação.
Ninguém, em sã consciência, acredita que os órgãos ambientais locais se darão ao trabalho de aferir tecnicamente quais são as nascentes intermitentes e as perenes na sua área de jurisdição. Ou que sairão demarcando círculos de vários tamanhos, de acordo com as extensões das propriedades privadas constantes das matrículas de cada cartório. A própria lei, ao introduzir diferenciações que multiplicam por mil as dificuldades de monitoramento e controle ambiental, induz ao nivelamento por baixo.
É este o sentido da palavra “consolidação”, tão presente na retórica ruralista durante todo o processo de revisão do Código Florestal. Ele significa, na verdade: “fica legalizado o que foi destruído”. Já a responsabilidade de preservar alguma coisa do ativo florestal existente em áreas privadas fica para os “otários” que cumpriram a lei e, agora, verão suas propriedades desvalorizadas em relação às de quaisquer vizinhos predadores.
Por Márcio Santilli
Jacobina ou Jacuabinas?
Estátua do garimpeiro - entrada de Jacobina
No livro História do
Brasil de Pedro Calmon - Livraria José Olympio Editora, 1959, ele se refere à carta
escrita ao governador, por Fernando Dias Pais em 1671 sobre a lenda das
esmeraldas nas serras que ficam no norte da Bahia, chamadas Jacuabinas (provavelmente,
hoje conhecidas como Carnaíba na divisa dos municípios de Mirangaba e Pindobaçu).
O termo Jacuabinas por
dedução, foi derivado de, Jacuy – Bina, espécie de árvore que perde as
folhas no período da seca e aves vegetarianas semelhantes às galinhas (Jacu).
Pelo deslocamento de garimpeiros
que vinham em busca das nossas riquezas minerais, alguém mal intencionado ou
mal informado, criou a lenda de que o nome vinha do casal de índios, Jacó e Bina. Como poderia um índio por volta do século XVII ter o nome
Jacó que vem do hebraico?
Na entrada da cidade foi erguida
uma estátua do garimpeiro, homenageando-o por ter vindo explorar os nossos
recursos minerais e consequentemente os recursos naturais. Por que em Jacobina
não tem um monumento homenageando os nossos ancestrais indígenas e verdadeiros
donos da terra?
Na vizinha cidade de
Senhor do Bonfim existe uma comunidade com o nome de Missão do Sahy(http://missaodosahy.bloog.pl/?ticaid=6e9af),
criada em 1697 pelos Franciscanos.
O poder público para homenagear os povos
indígenas ergueu um monumento retratando uma das índias que habitavam toda esta
região conhecida antigamente como Serras das Jacuabinas, hoje Serras de Jacobina,
cadeia rochosa que nasce em Miguel Calmon e vai até próximo a cidade de
Jaguarari.
Estátua da Índia - Missão do Sahy, Senhor do Bonfim
As Serras de Jacobina é a
Caixa d”água da Bacia Hidrográfica do Itapicuru.
Por que em Jacobina
homenageia o Garimpeiro e se esquece totalmente dos Payaya?
Rio dos Macacos: MPF pede que Marinha não reprima comunidade quilombola
Recomendação do Ministério Público Federal (MPF) pede que o comandante do 2º Distrito Naval da Marinha determine aos subordinados que não adotem “medidas de coação física ou moral ilícitas” à comunidade quilombola do Rio dos Macacos, na Base Naval de Aratu, em Salvador. O documento, datado de 1º de junho e divulgado nesta sexta-feira (8), é assinado pelos procuradores Ovídio Augusto Amoedo Machado e Melina Castro Montoya Flores. Denúncias acusam o órgão das Forças Armadas de abusos e uso de violência contra os 500 habitantes do local (ver aqui, aqui, aqui e aqui). Além de pedir que não haja repressão às famílias do Rio dos Macacos, o MPF também recomenda que seja exercido “o controle e a fiscalização efetiva dos atos praticados por oficiais (...) em face dos moradores residentes no entorno da Barragem dos Macacos (...), repelindo eventual prática arbitrária ou agressiva” e que sejam adotadas medidas disciplinares para aqueles “que extrapolarem suas funções e transgredirem os preceitos normativos aplicáveis”. A procuradoria pede para ser informada de possíveis fatos ilícitos verificados pelo comando local para averiguação de responsabilidade administrativa do servidor militar responsável. É dado um prazo de 15 dias para que as providências sejam adotadas e informadas ao MPF. Em caso de descumprimento, os procuradores prometem “a adoção de todas as providências administrativas e judiciais cabíveis”. Leia aqui a íntegra da recomendação do MPF à Marinha.
por José Marques
QUARTA MUDANÇA NO SISTEMA HÍDRICO BAIANO NO GOVERNO WAGNER
Praia de INEMA - Salvador -BA
Em seis anos de administração do Governo Wagner o órgão gestor da Bahia passou por três transformações radicais. Saiu de SRH, para INGÁ e desta para INEMA, que segundo os proponentes é a sigla do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. (Inema é um nome indígena que quer dizer águas paradas e nome de uma praia baiana).
Como meus ancestrais tinham um
conhecimento grande e acreditavam que o nome dado a alguém ou a locais tinham uma
simbologia grande, a sigla escolhida para retratar o órgão gestor da Bahia (INEMA),
não poderia ter grande sucesso.
Primeiro a centralização na personificação do Eugênio Spengler, que arrumou a casa a seu bel prazer com uma
equipe sem conhecimento até de causa. Como exemplo citamos o atrito que aconteceu no pequeno
período para ser aprovada a Lei 12.377/11 em regime de urgência, quando o
presidente da Assembleia Marcelo Nilo disse sequer que conhecia o Júlio Mota.
Na realidade a pessoa é um técnico da era Carlista, feito na EMBASA, como
também é o caso do Cícero Monteiro que teve na CERB. Assim, não temos nada de
novo, de vanguarda na política hídrica da Bahia.
Com a seca que passamos o pessoal da DIRETORIA DE ÁGUAS, estão sendo pressionados por não terem projetos
estruturantes de convivência com a seca. Vale resaltar os emblemáticos casos Mirorós, Salitre, Verde e Jacaré deixados pelo Carlimo e que o órgão gestor da Bahia não fez nenhuma intervenção nos seis
anos de governo Wagner para mitigação pela escassez da águas nestes casos.
Como o Eugênio Splengler
é gaúcho, e veio para a Bahia como consultor da BAMIN – Bahia Mineração, e
não sendo conhecedor do semiárido, da Caatinga e das especificidades das
regiões da Bahia, esperava contribuição da equipe de Júlio Mota (DIRETORIA DE ÁGUA) e outras
do setor hídrico. Mas como eles vêm da gestão passada e por lá nada fizeram, não poderiam contribuírem na gestão de Wagner, apenas cumprem o papel de tecnês de
gabinete, como sempre fazem.
O Eugenio Spengler, Julio Mota e a
Diretoria de Água entraram em colisão com alas e setores do PT e do Senador
Walter Pinheiro, que está na luta para ser o sucessor de Wagner e não terá o que
inaugurar como obras estruturantes de convivência com a seca nestes dois anos que falta ao governador Wagner, e por isso propõe
agora a quarta mudança no Sistema Hídrico Baiano, dois dias após a regulamentação
da terceira mudança e Lei de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.(http://www.almacks.blogspot.com.br/2012/06/enador-sugere-criacao-de-secretaria-de.html)
Enquanto a seca promete até 2013, vou
torcer para que o Senador Walter Pinheiro ganhe a quebra de braço com o setor
do agronegócio no oeste da Bahia que mantém o Eugênio Spengler como secretário,
conterrâneo da maioria dos que literalmente exploram o Oeste da Bahia e possa propor obras estruturantes para principalmente as bacias contribuintes do Rio São Francisco e cuidar da caixa d'água da Bahia (Parque Nacional da Chapada e Parque Estadual de Morro do Chapéu), porque a crise pela água chegou a capital baiana por consumir águas do Paraguaçu nascidas nestes parques e por exportar através do Polo Industrial de Camaçari e das cervejarias em Alagoinhas as melhores águas da Bahia (Lençol Freático de São Sebastião).
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