Estátua do garimpeiro - entrada de Jacobina
No livro História do
Brasil de Pedro Calmon - Livraria José Olympio Editora, 1959, ele se refere à carta
escrita ao governador, por Fernando Dias Pais em 1671 sobre a lenda das
esmeraldas nas serras que ficam no norte da Bahia, chamadas Jacuabinas (provavelmente,
hoje conhecidas como Carnaíba na divisa dos municípios de Mirangaba e Pindobaçu).
O termo Jacuabinas por
dedução, foi derivado de, Jacuy – Bina, espécie de árvore que perde as
folhas no período da seca e aves vegetarianas semelhantes às galinhas (Jacu).
Pelo deslocamento de garimpeiros
que vinham em busca das nossas riquezas minerais, alguém mal intencionado ou
mal informado, criou a lenda de que o nome vinha do casal de índios, Jacó e Bina. Como poderia um índio por volta do século XVII ter o nome
Jacó que vem do hebraico?
Na entrada da cidade foi erguida
uma estátua do garimpeiro, homenageando-o por ter vindo explorar os nossos
recursos minerais e consequentemente os recursos naturais. Por que em Jacobina
não tem um monumento homenageando os nossos ancestrais indígenas e verdadeiros
donos da terra?
Na vizinha cidade de
Senhor do Bonfim existe uma comunidade com o nome de Missão do Sahy(http://missaodosahy.bloog.pl/?ticaid=6e9af),
criada em 1697 pelos Franciscanos.
O poder público para homenagear os povos
indígenas ergueu um monumento retratando uma das índias que habitavam toda esta
região conhecida antigamente como Serras das Jacuabinas, hoje Serras de Jacobina,
cadeia rochosa que nasce em Miguel Calmon e vai até próximo a cidade de
Jaguarari.
Estátua da Índia - Missão do Sahy, Senhor do Bonfim
As Serras de Jacobina é a
Caixa d”água da Bacia Hidrográfica do Itapicuru.
Por que em Jacobina
homenageia o Garimpeiro e se esquece totalmente dos Payaya?
Nenhum comentário:
Postar um comentário