Praia de INEMA - Salvador -BA
Em seis anos de administração do Governo Wagner o órgão gestor da Bahia passou por três transformações radicais. Saiu de SRH, para INGÁ e desta para INEMA, que segundo os proponentes é a sigla do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. (Inema é um nome indígena que quer dizer águas paradas e nome de uma praia baiana).
Como meus ancestrais tinham um
conhecimento grande e acreditavam que o nome dado a alguém ou a locais tinham uma
simbologia grande, a sigla escolhida para retratar o órgão gestor da Bahia (INEMA),
não poderia ter grande sucesso.
Primeiro a centralização na personificação do Eugênio Spengler, que arrumou a casa a seu bel prazer com uma
equipe sem conhecimento até de causa. Como exemplo citamos o atrito que aconteceu no pequeno
período para ser aprovada a Lei 12.377/11 em regime de urgência, quando o
presidente da Assembleia Marcelo Nilo disse sequer que conhecia o Júlio Mota.
Na realidade a pessoa é um técnico da era Carlista, feito na EMBASA, como
também é o caso do Cícero Monteiro que teve na CERB. Assim, não temos nada de
novo, de vanguarda na política hídrica da Bahia.
Com a seca que passamos o pessoal da DIRETORIA DE ÁGUAS, estão sendo pressionados por não terem projetos
estruturantes de convivência com a seca. Vale resaltar os emblemáticos casos Mirorós, Salitre, Verde e Jacaré deixados pelo Carlimo e que o órgão gestor da Bahia não fez nenhuma intervenção nos seis
anos de governo Wagner para mitigação pela escassez da águas nestes casos.
Como o Eugênio Splengler
é gaúcho, e veio para a Bahia como consultor da BAMIN – Bahia Mineração, e
não sendo conhecedor do semiárido, da Caatinga e das especificidades das
regiões da Bahia, esperava contribuição da equipe de Júlio Mota (DIRETORIA DE ÁGUA) e outras
do setor hídrico. Mas como eles vêm da gestão passada e por lá nada fizeram, não poderiam contribuírem na gestão de Wagner, apenas cumprem o papel de tecnês de
gabinete, como sempre fazem.
O Eugenio Spengler, Julio Mota e a
Diretoria de Água entraram em colisão com alas e setores do PT e do Senador
Walter Pinheiro, que está na luta para ser o sucessor de Wagner e não terá o que
inaugurar como obras estruturantes de convivência com a seca nestes dois anos que falta ao governador Wagner, e por isso propõe
agora a quarta mudança no Sistema Hídrico Baiano, dois dias após a regulamentação
da terceira mudança e Lei de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.(http://www.almacks.blogspot.com.br/2012/06/enador-sugere-criacao-de-secretaria-de.html)
Enquanto a seca promete até 2013, vou
torcer para que o Senador Walter Pinheiro ganhe a quebra de braço com o setor
do agronegócio no oeste da Bahia que mantém o Eugênio Spengler como secretário,
conterrâneo da maioria dos que literalmente exploram o Oeste da Bahia e possa propor obras estruturantes para principalmente as bacias contribuintes do Rio São Francisco e cuidar da caixa d'água da Bahia (Parque Nacional da Chapada e Parque Estadual de Morro do Chapéu), porque a crise pela água chegou a capital baiana por consumir águas do Paraguaçu nascidas nestes parques e por exportar através do Polo Industrial de Camaçari e das cervejarias em Alagoinhas as melhores águas da Bahia (Lençol Freático de São Sebastião).
É o retrato degradante decorrente de numerosas ações desastradas que vão desde a adulteração da Lei da Política Estadual do Meio Ambiente da Bahia e da Política de Recursos Hídricos que seguem na contramão das Políticas Nacionais em completo descompasso.
ResponderExcluirExemplo claro e manifesto podemos retratar na incongruência do Secretário Spengler que criou até mesmo uma ROTA DE COLISÃO com o Senador Pinheiro que compreendeu, assim como o Governo de Minas que houvera recuado nessa anomalia de junção entre fiscalização e recursos hídricos. Só um ignorante em gestão ambiental e/ou inepto não se precataria de tal atitude como a da criação do INEMA, gerador de consequências funestas, diametralmente oposta aos propósitos de proteção, conservação e gestão ambiental. Recursos hídricos tem preexcelência e capitaneia toda a gestão ambiental, mas Spenple se obstina em seu despropósito de manter esta incongruência na Política Ambiental da Bahia.
O resultado é que a Bahia se arrasta na rabada da Federação como o pior Estado em termos de Política Ambiental ... sem querer citar outras áreas.
Vergonha para nós baianos estarmos submetidos a um Governador carioca, acionista da Brasken e um Secretário de Meio Ambiente que foi colocado de paraquedas, advindo da Bahia Mineração.
Não podemos aceitar calados este descalabro que tem consequências terríveis, inclusive de alcance intergeracional.
Luiz Dourado