Gás de xisto no Brasil

Novos, destrutivos e irrecuperáveis danos para bens naturais do país surgem no horizonte próximo: nos dias 30 e 31 de outubro a  Agencia Nacional de Petróleo (ANP) fará o primeiro leilão de “blocos” para exploração de gás de xisto. A técnica utilizada para tal é a chamada “fratura hidráulica”, a qual consiste em"explodir" rochas, injetando a alta pressão no subsolo grandes quantidades de água, areia e produtos químicos para liberação do gás.  Os efeitos conhecidos onde utilizada foram devastadores. Nos Estados Unidos, por exemplo, comprovadamente provocou a  < /span>contaminação de aquíferos e deixou comunidades e fazendeiros sem água.

Em julho de 2013 estudo publicado na revista Science  mostrou a conexão do processo de extração com abalos sísmicos. Entre 1972 e 2008, o serviço de levantamentos geológicos dos Estados Unidos (USGS) registrou poucos abalos por ano em regiões onde se extrai o gás como Oklahoma. Já em 2008 o numero registrado foi de cerca de 12, saltando em 2009 para quase 50 e em 2010 ocorreram mais de 1.000,  o que levou a população a denominar essa situação de  "enxames de terremoto". Isso está ocorrendo também em outros lugares onde não é comum a ocorrência como Arkansas, Colorado, Ohio e Texas.

No Brasil a ANP ofereceu para o leilão de outubro as bacias sedimentares de Parecis (Mato Grosso); Parnaíba (entre Maranhão e Piauí); Recôncavo (na Bahia); Paraná (entre Paraná e Mato Grosso do Sul) e São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia). Os grandes aquíferos do país estão ameaçados, dentre eles o Guarani. Este, em território brasileiro, distribui-se por quase toda a bacia do Paraná.

A campanha propagandística para convencer a população brasileira já começou há tempos. Suas maiores referencias são a chegada da abundancia energética com preços baixos, pois o país disporia de 500 milhões de pés cúbicos de reserva – maiores que o teoricamente existente pré-sal.

Por todos os efeitos comprovados é fundamental que a fratura hidráulica seja proibida no Brasil, a exemplo do que já aconteceu em países como a França e a Bulgária.
Em defesa da integridade de subsolo e das águas brasileiras.

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