Em cinco meses, o site do empresário Marcio Nigro formou 100 grupos em 70 municípios. Mais de 10 mil pessoas se cadastraram.
Conseguir uma carona pra ir e voltar do trabalho nem sempre é fácil. Mesmo em São Paulo, que tem uma frota de sete milhões de veículos. Até que alguém teve a ideia de pedir carona pela internet.
Carros com apenas uma pessoa estão em toda cidade grande. É a síndrome do motorista solitário. “O transporte mais confortável que existe no mundo inteiro é o automóvel. Ele é de porta a porta. Isso acaba acarretando em um grande volume de veículos num sistema viário já congestionado”, aponta o engenheiro de trânsito Humberto Pullin.
As ruas de são Paulo, por exemplo, ganham 700 carros novos por dia. Por mais confortáveis que sejam, alguém gosta de ficar horas nele? A quantidade de carros que mal consegue se movimentar no trânsito todos os dias está levando muita gente a começar um movimento novo que não é nada mais do que resgatar o velho hábito de pedir e dar caronas.
Páginas de internet ajudam a aproximar pessoas que moraram perto e que trabalham na mesma região. Para garantir a segurança no site administrado pelo empresário Marcio Nigro, só podem se inscrever os funcionários de empresas cadastradas. “Você deixou seus documentos na empresa, foi entrevistado, tem pessoas no trabalho que te conhecem, tem seu número de telefone. Então, essa é uma garantia que existe de que essas pessoas realmente têm uma procedência”, explica.
Em cinco meses, ele formou 100 grupos em 70 municípios, mais de 10 mil pessoas se cadastraram. Não foi a solução para problemas de cidades que precisam muito investimento em transporte público, mas Fabiano adotou a idéia.
O empresário Fabiano Ferreira sai de casa sozinha, vira a esquina e encontra o analista de sistemas Mauricio Lisbão no posto. Ele nem reclama mais do trânsito. “Eu ficava um pouco estressado e, quando o Maurício começou a vir comigo pro trabalho, a gente ia conversando, trocando ideia. Me deixou um pouco mais calmo para vir também”, revela o empresário.
Para Maurício, foi melhor ainda. Ele levava mais de uma hora de ônibus. Hoje, vai em 40 minutos ao lado do amigo. “A gente descobriu por acaso que, trabalhando um do lado do outro, a gente morava próximo. Então, começou essa parte da carona solidária. As pessoas precisam conversar mais para se entender melhor”, declara o analista de sistemas.
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